tag:blogger.com,1999:blog-5257895717156732701.post7816998383812048139..comments2023-01-30T07:20:11.592-03:00Comments on BORBOLETA AZUL: Euteamo e suas estréias - Elisa LucindaKonceyçãohttp://www.blogger.com/profile/02396252410489946426noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-5257895717156732701.post-82202123996541240772011-07-11T03:38:41.139-03:002011-07-11T03:38:41.139-03:00Desencontros unidos por um encontro regado a Elisa...Desencontros unidos por um encontro regado a Elisa Lucinda. <br />Esta deusa que faz da alegria do encontro uma arte; união entre sons, letras, sentimentos, sentidos.<br />Como falar de saudade sem lembrar Lucinda.<br />Como senti desejo e deixar de ler Lucinda.<br /><br /><br />DA CHEGADA DO AMOR<br /><br />Sempre quis um amor<br />que falasse<br />que soubesse o que sentisse.<br /><br />Sempre quis uma amor que elaborasse<br />Que quando dormisse<br />ressonasse confiança<br />no sopro do sono<br />e trouxesse beijo<br />no clarão da amanhecice.<br /><br />Sempre quis um amor<br />que coubesse no que me disse. <br /><br />Sempre quis uma meninice<br />entre menino e senhor<br />uma cachorrice<br />onde tanto pudesse a sem-vergonhice<br />do macho<br />quanto a sabedoria do sabedor.<br /><br />Sempre quis um amor cujo<br />BOM DIA!<br />morasse na eternidade de encadear os tempos:<br />passado presente futuro<br />coisa da mesma embocadura<br />sabor da mesma golada.<br /><br />Sempre quis um amor de goleadas<br />cuja rede complexa<br />do pano de fundo dos seres<br />não assustasse.<br /><br />Sempre quis um amor<br />que não se incomodasse<br />quando a poesia da cama me levasse.<br /><br />Sempre quis uma amor<br />que não se chateasse<br />diante das diferenças.<br /><br />Agora, diante da encomenda<br />metade de mim rasga afoita<br />o embrulho<br />e a outra metade é o<br />futuro de saber o segredo<br />que enrola o laço,<br />é observar<br />o desenho<br />do invólucro e compará-lo<br />com a calma da alma<br />o seu conteúdo.<br /><br />Contudo<br />sempre quis um amor<br />que me coubesse futuro<br />e me alternasse em menina e adulto<br />que ora eu fosse o fácil, o sério<br />e ora um doce mistério<br />que ora eu fosse medo-asneira<br />e ora eu fosse brincadeira<br />ultra-sonografia do furor,<br />sempre quis um amor<br />que sem tensa-corrida-de ocorresse.<br /><br />Sempre quis um amor<br />que acontecesse<br />sem esforço<br />sem medo da inspiração<br />por ele acabar.<br /><br />Sempre quis um amor<br />de abafar,<br />(não o caso)<br />mas cuja demora de ocaso<br />estivesse imensamente<br />nas nossas mãos.<br /><br />Sem senãos.<br /><br />Sempre quis um amor<br />com definição de quero<br />sem o lero-lero da falsa sedução.<br /><br />Eu sempre disse não<br />à constituição dos séculos<br />que diz que o "garantido" amor<br />é a sua negação.<br /><br />Sempre quis um amor<br />que gozasse<br />e que pouco antes<br />de chegar a esse céu<br />se anunciasse.<br /><br />Sempre quis um amor<br />que vivesse a felicidade<br />sem reclamar dela ou disso.<br /><br />Sempre quis um amor não omisso<br />e que suas estórias me contasse. <br /><br />Ah, eu sempre quis uma amor que amasse.<br /><br /><br />Poesia extraída do livro "Euteamo e suas estréias", Editora Record - Rio de Janeiro, 1999,<br />Elisa LucindaPresente de Anjohttps://www.blogger.com/profile/00498138360621776040noreply@blogger.com