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Posso ser séria, brincalhona, distraída, chata, abusada, legal,ótima, travosa (como diz um grande amigo) isso depende de você, de mim, do dia ou da situação. Quer mesmo saber quem sou eu? Precisa de mais proximidade. Gosto de ler e escrever, embora nem sempre tenha tempo suficiente para tais práticas. Gosto de tanta coisa e de tantas pessoas que não caberiam aqui se a elas fosse me referir uma por uma. Acho a vida um belo espetáculo sem ensaios onde passeamos dia a dia a procura da felicidade. Para falar mais de mim profissionalmente: Sou professora. Graduada em Letras-FAFICA. Atualmente estudo sobre Leitura Literária no Ensino Fundamental. Atuo no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Lenine - novo álbum repleto de sons orgânicos e significados peculiares.

 Novo álbum de Lenine: Chão

Capa do novo CD de Lenine, Chão (Imagem: Divulgação)

“No início, havia apenas a palavra e meu principal significado para chão: tudo aquilo que me sustenta. Chão, quase uma onomatopeia do andar – que soa nasal e reverbera no corpo todo”, diz Lenine, pontuando como construiu o nome para o seu décimo disco.

Ruídos como o canto de um pássaro, o apito de uma chaleira, batimentos cardíacos, uma máquina de escrever, uma lavadora de roupas e até uma motosserra, foram utilizados para compor dez faixas orgânicas, intensas e poéticas, classificadas pelo cantor como “pessoal, passional e intransferível”.

Logo na capa do álbum, todo o sentimentalismo envolto ao novo trabalho se resume: uma foto retirada do álbum da família. “É meu neto. Ele estava dormindo sobre mim. Corrobora este significado de sustento porque, naquele momento, eu era o seu chão”, diz Lenine.

Além da participação dos músicos Júnior Tostoi, Lula Queiroga, Carlos Rennó e Ivan Santos, o filho do cantor, Bruno Giorgi, também ajudou na construção do álbum, o que evidencia um significado singular.

A primeira faixa, que leva o nome do álbum – Chão -, exprime uma sensação de tensão e utiliza elementos eletrônicos. Começa com o som de passos, que ecoam durante toda a música. “Um monossílabo, reverberante e onomatopeico, porque ele já traz o barulho da caminhada quando você fala ‘chão, chão, chão’”.

Destaque também para a faixa Amor é para quem ama, que conta com a participação especial de Frederico, um canário belga da sogra do cantor. “Frederico estava na porta do estúdio. Quando eu fui ouvir, estava o vazamento lá do passarinho cantando. Só que o Bruno [Giorgi] falou ‘Ele tá cantando no tom. Vamos assumir isso aqui’. Botei no computador a música e dei um play/rec – de antes de começar a música e até terminar. Quando a gente abriu, foi a mesma coisa que você ouviu, porque não teve edição. Cara, o Frederico arrasou!”. Na mesma faixa, há também citação da obra Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa.

A última faixa, Isso é só o começo, apresenta todos os elementos usados nas faixas anteriores, intencionando um fio condutor pontual para o final do disco.

Certamente, um trabalho que reafirma toda a reinvenção costumeira de Lenine. Vale a pena conferir!

Musicista, jornalista, desbravadora da cultura popular brasileira, cinéfila e amante da arte de rua. Tocadora de rabeca e batuqueira de maracatu. Vira-latas de coração.
 Novo álbum de Lenine: Chão Danielle Geneoll

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