SEMANAL
Domingo,
Dia triste
Com uma falsa monotonia
Quando na verdade
Está tudo iniciando a ebulição
Para a segunda-feira.
Segunda-feira,
Dia fervendo.
Tudo parece adquirir
Uma responsabilidade
Sólida
Que é amenizada na terça-feira.
Terça-feira,
Com as coisas sendo postas
Em seus devidos lugares
Pernas, mãos, braços e
Cabeças apressadas
Movem a engrenagem
Para a quarta-feira.
Quarta-feira,
Metade...
Pausa par
Entre pares e ímpares.
Dia gasoso
Que traz consigo
Simultaneamente
Relativa tranquilidade
E ímpeto.
Quinta-feira,
A ânsia se aproximando,
Velocidade diária,
Horas que comandam o relógio
Sempre apressado
A nos apressar.
Sexta-feira,
Dia luminoso,
A espreita
Da liberdade
E tudo parece caminhar
Ainda mais rápido,
Mais sólido, líquido e gasoso.
Sábado,
Dia preguiçoso
Um belo dia
O mais alegre.
Devaneio...
Divagações...
Até mesmo
Para relógios apressados,
Mesmo para os sólidos.
Assim entre relógios loucos,
Passos apressados,
Fugacidades
Contamos o tempo,
Contamos a vida
Nos cantos,
Contos
E contas
Em nosso “diariamente”.
Conceição Gomes 20/02/2011.
Um comentário:
Diariamente (Heloísa Lima)
Começa tudo de novo
Domingo bucólico
sol e chuva
tudo é cinza
Dia penoso
Véspera da agonia
O relógio a preparar
Segunda pressa
Depressa toca o relógio
Outro dia
E não fiz nada
Terça ao desperta
Antes mesmo do tic-tac
Efervescente
Tudo a atualizar
Quarta de ritmo
Tudo em seu lugar
Despertador mudo
Café pronto
Dia a acabar
Quinta da véspera
Olha no horizonte
Lista liquida,
fluida.
Sexta é dia
Começa já pensando no fim
Saída
Bebida
Distração
Amanha é sábado
não tem pertubação
Sábado
Deitada na cama
Preguiça genuína
Dia azul
O relógio nem sei mais onde está.
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