A MÚSICA DO BARULHO
As onomatopéias seriam reduzidas.
De um lado o uniforme
Do outro o disforme.
E quem vai pagar pelo barulho dessa vez?
De um lado o peso
Do outro a balança
Tantas notas pelo chão
E a música em ambos os lados
Preenche com a velocidade do som
O pentagrama.
Os ouvidos surdos
Com os decibéis da ignorância
E quem vai dançar dessa vez?
De um lado o “certo-errado”
Do outro o “errado-certo”
E a dança louca
Envolvendo a todos
Mexem seus corpos
Em meio aos corpos imóveis
E quem vai pagar dessa vez?
Até a música baixar o volume
A imobilidade dança entre todos
De um lado
E do outro.
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