Quem sou eu

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Santa Cruz do Capibaribe/ Caruaru, NE/PE, Brazil
Posso ser séria, brincalhona, distraída, chata, abusada, legal,ótima, travosa (como diz um grande amigo) isso depende de você, de mim, do dia ou da situação. Quer mesmo saber quem sou eu? Precisa de mais proximidade. Gosto de ler e escrever, embora nem sempre tenha tempo suficiente para tais práticas. Gosto de tanta coisa e de tantas pessoas que não caberiam aqui se a elas fosse me referir uma por uma. Acho a vida um belo espetáculo sem ensaios onde passeamos dia a dia a procura da felicidade. Para falar mais de mim profissionalmente: Sou professora. Graduada em Letras-FAFICA. Atualmente estudo sobre Leitura Literária no Ensino Fundamental. Atuo no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

SEGUIDORES

terça-feira, 31 de maio de 2011

JESSIER QUIRINO - POBREMA CARDILCO

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - A FLOR E A NÁUSEA



Preso à minha classe e a algumas roupas, vou de branco pela rua cizenta.
Melancolias, mercadorias, espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?

Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.

Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que triste são as coisas, consideradas em ênfase.

Vomitar este tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam pra casa.
Estão menos livres mas levam jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.

Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.

Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima.

Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.

Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.

Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens macias avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 30 de maio de 2011

ELA: FRAGMENTOS - CONCEIÇÃO GOMES



Quando a felicidade vem

Em passos lentos e firmes,

Em toques leves e profundos,

Sinto a brisa e agradeço

Por todos os minutos

Todos os átomos

Tudo que poderia e não poderia ser

Tudo que é e não é.

Várias maneiras de a felicidade vir,

Mas quando ela veio enroscada em seus fios de cabelo

Que enroscavam minhas mãos

E os fios que catava entre nossos corpos

Quando nossas temperaturas se mesclavam

Senti a minha pequenina grandiosidade

Muito além dos limites cotidianos

Não posso quantificar

Não posso guardar concretamente

Mas posso ainda infinitamente maior,

Guardar em mim

Em todo o meu corpo

Em meus sentidos

Na memória

O que é só nosso.

Teremos sempre essa preciosidade a dividir

E só por isso

E por isso tudo

O futuro sempre nos ansiará.

Conceição Gomes (26/06/2010)

DIANTE DO SILÊNCIO - CONCEIÇÃO GOMES







DIANTE DO SILÊNCIO

Às vezes o silêncio é impenetrável

E o que se pode fazer é também silenciar,

Diante desse silêncio de alma,

Silêncio de mente,

Silêncio de palavras,

Não deve haver espaço para divagações,

Para perguntas.

Há sobretudo que entender

Que cara a cara com algumas esfinges

Não há perguntas,

Pois elas não pedem que as decifremos

Consequentemente não se é devorado,

Ficando tudo por isso:

Silêncio versus silêncio,

Apenas na contemplação.

Diante desse silêncio

É imprescindível não esquecer

Que ele não pode incomodar

E por que deveria?

O silêncio assim diante de mim,

Encerra-se nele mesmo

E como numa prece o que se pode fazer

É agradecer silenciosamente

Esse silêncio

Que mais parece ter cores de um céu crepuscular.

Na estrada em linha reta

Eis que surge um labirinto silencioso

E o que se deve fazer

É apenas seguir o caminho

Como se o extraordinário não existisse,

Pois é aí onde consiste o engano...

O mas silencioso engano.

(Conceição Gomes

Maria Bethânia - Tarde em Itapuã

domingo, 29 de maio de 2011

PROPAGANDA PIRATEADA -PARADA NACIONAL, TERÇA-FEIRA 31/05/2011 NÃO ACONTECERÁ

Piratearam propaganda da CNTE



Escrito por Zélito Passavante
Seg, 30 de Maio de 2011 11:54
A despeito das notícias divulgadas na internet, com uso de imagens e palavras de ordem de arte do cartaz utilizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação para paralisação realizada no dia 11 de maio, a CNTE comunica que não está convocando novamente a categoria para paralisação nacional no próximo dia 31 de maio.

Trata-se de uma iniciativa de pessoas mal intencionadas que piratearam o material da CNTE. Seus autores se apropriaram do conteúdo do cartaz ao tempo que informam se tratar de um movimento sem lideranças. Com o uso indevido da nossa arte, se valem da forte representatividade da Confederação junto ao movimento sindical, confundindo a categoria dos trabalhadores em educação.

A CNTE entende que é legítimo organizar mobilizações em defesa da educação e das suas reivindicações mais urgentes, como a implementação do Piso Salarial Nacional em todos os municípios brasileiros. O que não é possível é a pirataria e o anonimato dos responsáveis, tornando o movimento desacreditado e despolitizador.

sábado, 28 de maio de 2011

Isabela Moraes - Preconceito Linguístico




Faço a crença pelo meu velório a reza
Que enterraram as palavras portuguesas
Sob um vú de vãs postiças palavresas
Foi criado nosso novo dicionário
Onde banca-se o papel de missionário
O próprio vocabulário de muletas
O próprio vocabulário

Livre dos livros os equívocos
As gargalhadas da gramática
O preconceito linguistico
Palavras marginalizadas

O preto o pobre e o racismo
O preconceito por nada
Sexo é assunto proibido
A não ser fora de casa

Desligue a tv vá ler um livro
O mito é a verdade inventada
Não crer no que vê é mais difícil
Que ler pra aprender coisas erradas

Proteja-se sempre do vício
De acreditar em tudo que se espalha
Existem milhares de artifícios
No vasto precipício se fala
No vasto precipício

É minha nossa voz
É nossa minha voz
É minha nossa voz
É nossa

Não permito que a gramática
estragada
Me atinja sem um mero objetivo
Não aceito sua questão analisada
Nem com mil razões que
justifiquem isso
Eu aqui é que não escreverei
mais nada
Pois quem manda antes em
um julgamento
É a forma de como o
pronunciamento
Absolverá a vítima palavra

O Teatro Mágico - Mágramática



Mágramática

O Teatro Mágico

Composição : Fernando Anitelli

Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser
Todo verbo é livre para ser direto ou indireto
Nenhum predicado será prejudicado
Nem tampouco a frase, nem a crase
Nem a vírgula e ponto final
Afinal, a má gramática da vida
Nos põe entre pausas
Entre vírgulas
E estar entre vírgulas
Pode ser aposto
E eu aposto o oposto
Que vou cativar a todos
Sendo apenas um sujeito simples
Um sujeito e sua visão
Sua pressa e sua prece
Que enxerguemos o fato
De termos acessórios para a nossa oração
Adjuntos ou separados
Nominais ou não
Façamos parte do contexto
Sejamos todas as capas de edição especial
Mas, porém, contudo, todavia, não obstante
Sejamos também a contracapa
Porque ser a capa e ser contracapa
É a beleza da contradição
É negar a si mesmo
E negar-se a si mesmo
É muitas vezes encontrar-se com Deus
Com o teu Deus
Sem horas e sem dores
Que nesse momento em que cada um se encontra agora
Um possa se encontrar no outro
E o outro no um
Até por que
Tem horas que a gente se pergunta...
Porque é que não se junta tudo numa coisa só?

LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO - LIXO


LIXO



Encontram-se na área de serviço. Cada um com o seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.

- Bom dia.

- Bom dia.

- A senhora é do 610.

- E o senhor do 612.

- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...

- Pois é ... - Desculpe a minha indiscrição, mastenho visto o seu lixo ...

- O meu quê?

- O seu lixo.

- Ah...

- Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena.

- Na verdade sou só eu.

- Humm. Notei também que o senhor usa muito comida em lata.

- É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar .

- Entendo.

- A senhora também .

- Me chama de você.

- Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim.

- É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas como moro sozinha, às vezes sobra.

- A senhora... Você não tem família?

- Tenho, mas não aqui.

- No Espírito Santo.

- Como é que você sabe?

- Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.

- É. Mamãe escreve todas as semanas.

- Ela é professora?

- Isso é incrível! Como você adivinhou?

- Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.

- O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.

- Pois é ...

- No outro dia, tinha um envelope de telegrama amassado.

- É.

- Más notícias?

- Meu pai. Morreu.

- Sinto muito.

- Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.

- Foi por isso que você recomeçou a fumar?

- Como é que você sabe?

- De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.

- É verdade. Mas consegui parar outra vez.

- Eu, graças a Deus, nunca fumei.

- Eu sei, mas tenho visto uns vidrinhos de comprimidos no seu lixo...

- Tranqüilizantes. Foi uma fase. Já passou.

- Você brigou com o namorado, certo?

- Isso você também descobriu no lixo?

- Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.

- É, chorei bastante, mas já passou.

- Mas hoje ainda tem uns lencinhos.

- É que estou com um pouco de coriza.

- Ah.

- Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.

- É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.

- Namorada?

- Não.

- Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.

- Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.

- Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.

- Você está analisando o meu lixo!

- Não posso negar que o seu lixo me interessou.

- Engraçado. Quando examinei o seu lixo,decidi que gostaria de conhecê-la . Acho que foi a poesia.

- Não! Você viu meus poemas?

- Vi e gostei muito.

- Mas são muito ruins!

- Se você achasse eles ruins mesmos, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.

- Se eu soubesse que você ia ler ...

- Só não fiquei com ele porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?

- Acho que não. Lixo é domínio público.

- Você tem razão. Através dos lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos
outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?

- Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...

- Ontem, no seu lixo.

- O quê?

- Me enganei, ou eram cascas de camarão?

- Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.

- Eu adoro camarão.

- Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode... Jantar juntos?

- É. Não quero dar trabalho.

- Trabalho nenhum.

- Vai sujar a sua cozinha.

- Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.

- No seu lixo ou no meu...

Quinhão - Gisele De Santi

Zélia Duncan - Milágrimas (Versão ao vivo da música de Itamar Assumpção extraída do belo DVD Pré, Pós, Tudo, Bossa, Band)



Milágrimas

Composição : Itamar Assumpção - Alice Ruiz

Em caso de dor, ponha gelo
Mude o corte do cabelo
Mude como modelo
Vá ao cinema, dê um sorriso
Ainda que amarelo
Esqueça seu cotovelo
Se amargo for já ter sido
Troque já este vestido
Troque o padrão do tecido
Saia do sério, deixe os critérios
Siga todos os sentidos
Faça fazer sentido
A cada milágrimas sai um milagre
Em caso de tristeza vire a mesa
Coma só a sobremesa
Coma somente a cereja
Jogue para cima, faça cena
Cante as rimas de um poema
Sofra apenas, viva apenas
Sendo só fissura, ou loucura
Quem sabe casando cura
Ninguém sabe o que procura
Faça uma novena, reze um terço
Caia fora do contexto, invente seu endereço
A cada milágrimas sai um milagre
Mas se apesar de banal
Chorar for inevitável
Sinta o gosto do sal
Sinta o gosto do sal
Gota a gota, uma a uma
Duas, três, dez, cem mil lágrimas, sinta o milagre
A cada milágrimas sai um milagre

Disco Duplo - Gisele De Santi (Sem dúvida uma das músicas mais belas dela, sempre me emociona)

E EU - Gisele de Santi

ALEXIANA - ACÚSTICO 03 de Junho no Restaurante TIVOLI (Santa Cruz do Capibaribe)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Aonde Quer Que Eu Vá - Os Paralamas do Sucesso

SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE Atrações para o São João “Dona Zefinha Catanha” 2011.















PALCO

12/junho – Toinho Catanha e os Cabras

Gian & Geovane

17/junho – Vilões do Forró

Cianoses

Garota Dengosa

18/junho – Loucuras de Amor

Flor de Lótus

Blucelose

23/junho – Capim com Mel

Pinga Fogo

24/junho – Toinho Catanha e os Cabras

Leonardo

Forró no Quilo

28/junho – Banda Sahara

Gabriel Diniz

Mistura do Pará

29/junho – Forró no Quilo

Calcinha Preta

Cintura Fina

SÃO JOÃO CARUARU - 2011


Sábado, 4
20h Azulão
21h30 Genaro
23h30 Elba Ramalho
2h Matruz com Leite

Domingo, 5
19h Totonho
20h Filhos de Victor
21h30 Amazan
23h30 Sirano e Sirino

Segunda, 6
21h30 Forró Cigano

Terça, 7
21h30 Forró Aprumado

Quarta-feira, 8
20h Léo Domingos
21h30 Jucélio Vilela
23h Forró do Bom

Quinta, 9
20h Zabumba Bacamarte
21h15 Camarão
22h45 Ébano Nunes
0h Cangaia de Jegue

Sexta, 10
20h Renovação Nordestina
21h15 Cacimba de Aluá
22h45 Flávio José
0h30 Adelmário Coelho
2h Cavaleiros do Forró

Sábado, 11
19h Forró do Muído
21h Flavio Leandro
22h15 Clã Brasil
23h45 Maciel Melo
1h30 Benil

Domingo, 12
19h Joana Angélica
20h15 Renilda Cardoso
21h30 Italo e Reno
23h30 Paulinho Leite
1h30 Gian e Giovani

Segunda, 13

21h Cheiro da Terra
22h30 Rosimar Lemos

Terça, 14

21h Banda do Batista

Quarta, 15

19h Erasmo Miguel e Banda
20h30 Brasas no Altar
22h Mattos Nascimento
23h Daniel Diau

Quinta, 16

21h30 Igrejas Católicas

Sexta, 17

20h Forró da Pegação
21h15 Rogéria
22h45 Margareth Menezes
0h30 Petrúcio Amorim
2h Limão com Mel

Sábado, 18

19h Chiclete com Banana
21h Maestro Forró
22h30 Chico César
0h30 Waldonys
2h Amigos Sertanejos

Domingo, 19

19h Banda Topázill
20h15 Dudu do Acordeon
21h30 Estakazero
23h30 Arreio de Ouro

Segunda, 20

20h Marlene do Forró
21h15 Louro e Victor Santos
22h Companhia do Forró

Terça, 21

20h Caruforró
21h15 Didi Caruaru
22h30 Forró Quentão

Quarta, 22

20h Heleno dos Oito Baixos
21h15 Jailson Rosseti
23h30 Pinga Fogo
1h30 SoxoteA

Quinta, 23

19h Garota Safada
21h Jorge de Altinho
23h Herbert Lucena
0h15 Santana
2h15 Brasas do Forró

Sexta, 24

20h Gilvan Neves
21h15 Valdir Santos
22h30 Israel Filho
0h30 Nando Cordel
2h30 Magníficos

Sábado, 25

19h Gatinha Manhosa
21h Fábio Carneirinho
23h Geraldinho Lins
1h Elifas Júnior
2h Novinho da Paraíba

Domingo, 26

20h Almério
21h15 Erisson Porto
22h30 Trio Nordestino
0h Zé Ramalho
2h Brucelose

Segunda, 27

20h Humberto Bony
21h15 Banda Alternativa
23h30 Anjo Azul
Terça, 28
20h Osquestra de Oito Baixos
21h15 Gean Mota
22h30 Calango Aceso
1h30 Calcinha Preta

Quarta, 29

19h Aviões do Forró
21h Flor de Mandacaru
22h15 Targino Gondim
0h Alcymar Monteiro

Utopia Sertaneja Flávio José




UM DIA QUANDO O SERTÃO TIRAR DA TERRA O SUSTENTO
DO NORTE SOPRAR O VENTO E VARRER TODO ESPINHO
O HOMEM PELO CAMINHO NOS DESAFIOS DAS LÉGUAS
A NOITE MANSA FAZ TRÉGUA, TOCA A VIOLA EM PONTEIO
EM UM REPENTE SEM FREIO, TOADA, XOTE E BAIÃO

UM DIA QUANDO O SERTÃO DEIXAR DE SER UM MENDIGO
VER NO PODER UM AMIGO QUE SEJA BEM VERDADEIRO
OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS JÁ FOI BEM CLARO O RABINO
FALAR PRA QUE EM EL NINO? EM ABUNDANTE RIQUEZA
O PÃO ENFIM CHEGA A MESA É TEMPO DE LOUVAÇÃO

UM DIA QUANDO O SERTÃO SE PREPARAR PRO SABER
DA CARTA DO ABC E DOMINAR TODA CIÊNCIA
TERÁ AUTO-SUFICIÊNCIA, SERÁ DO MUNDO UM CELEIRO
PROFETIZOU CONSELHEIRO A IDOS TEMPOS ATRÁS
E O NÓ ENFIM SE DESFAZ É TEMPO DE REDENÇÃO

UM DIA QUANDO O SERTÃO NÃO ESQUECER SUA HISTÓRIA
COMEMORAR SUAS GLÓRIAS, MOSTRAR QUE É POVO AGUERRIDO
DANÇAR EM SOLO BATIDO, UM FORRÓ, CÔCO E XAXADO
TERREIRO TODO ENFEITADO SANFONA EM PLENA HARMONIA
TRIÂNGULO, ZABUMBA, ALEGRIA É TEMPO DE SÃO JOÃO

UM DIA QUANDO O SERTÃO FOR SIMPLESMENTE ISSO TUDO
OUVIR E NÃO FICAR MUDO PUDER VIVER SEU PAPEL
NÃO MAIS BEBER DESSE FEL QUE AMARGA FEITO JILÓ
FAZER UM VÔO MAIOR NAS ASAS DA ALFORRIA
NAS BRASAS DA HIPOCRESIA NÃO VER QUEIMADO O SEU CHÃO

terça-feira, 24 de maio de 2011

Show de Zizi Possi

Divulgação

Foto: Divulgação

Zizi Possi volta aos palcos recifenses no dia 11 de junho para apresentar seu show baseado no DVD “Cantos e Contos”. A apresentação será no Teatro da UFPE e faz parte das comemorações pelos 30 anos de carreira da cantora.

No repertório do espetáculo, estão músicas como “Asa Morena”, “A Paz”, “Amor da Minha Vida”, “Sentado à Beira do Caminho”, “Porta Estandarte”, “Tico Tico no Fubá”, além de clássicos da MPB, como “Sei Lá”, “Mangueira” e “As Rosas Não Falam”.

Os ingressos para o show já estão à venda na bilheteria do Teatro da UFPE e nas lojas VR do Shopping Plaza Casa Forte e Shopping Recife.

Local:

  • Teatro da UFPE
  • Data: 11/6/2011
  • Horário: 21h

domingo, 22 de maio de 2011

LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - CURSO DE EXTENSÃO PELA UNOPAR



É HOJE A CAMINHADA DO ICIA



Shows com:

Valdir Santos,
Erisson Porto,
Almério,
Zabumba Bacamarte,
Rogéria,
Pablo Patriota,
Renilda Cardoso,
Izabela Morais e
Capim com Mel.

Camisas ao preço de R$ 15,00

terça-feira, 17 de maio de 2011

NÃO COMA LIXO

O Meu País FLÁVIO JOSÉ



O meu país

Flávio José

Refrão:
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo

Um país que crianças elimina
Que não ouve o clamor dos esquecidos
Onde nunca os humildes são ouvidos
E uma elite sem Deus é quem domina
Que permite um estupro em cada esquina
E a certeza da dúvida infeliz
Onde quem tem razão baixa a cerviz
E massacram-se o negro e a mulher
Pode ser o país de quem quiser
Mas não é, com certeza, o meu país.

Refrão

Um país onde as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
Com quarenta milhões de analfabetos
E maior multidão de miseráveis
Um país onde os homens confiáveis
Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
Mas corruptos têm voz e vez e bis
E o respaldo de estímulo incomum
Pode ser o país de qualquer um
Mas não é, com certeza, o meu país.

Refrão

Um país que perdeu a identidade
Sepultou o idioma português
E aprendeu a falar pornofonês
Aderindo à total vulgaridade
Um país que não tem capacidade
De saber o que pensa e o que diz
Que não pode esconder a cicatriz
De um povo de bem que vive mal
Pode ser o país do Carnaval
Mas não é, com certeza, o meu país.

Refrão

Um país que seus índios discrimina
E a ciência e as artes não respeita
Um país que ainda morre de maleita
Por atraso geral da medicina
Um país onde escola não ensina
E hospital não dispõe de raio-x
Onde a gente dos morros é feliz
Se tem água de chuva e luz do sol
Pode ser o país do futebol
Mas não é, com certeza, o meu país.

Refrão

Um país que dizima a sua flora
Festejando o avanço do deserto
Pois não salva o riacho descoberto
Que no leito precário se estertora
Um país que cantou e hoje chora
Pelo bico do último concriz
Que florestas destrói pela raiz
E a grileiros de fora entrega o chão
Pode ser que ainda seja uma nação
Mas não é com certeza o meu país.

Kid Abelha - EU CONTRA A NOITE (OFICIAL)



adoro esse vídeo, acho bem criativo

domingo, 15 de maio de 2011

Astronauta - Gabriel o Pensador/Lulu Santos



Astronauta

Gabriel O Pensador

Composição : Gabriel O Pensador/lulu Santos

Astronauta!
Tá sentindo falta da Terra?
Que falta
Que essa Terra te faz?
A gente aqui embaixo
Continua em guerra
Olhando aí prá lua
Implorando por paz
Então me diz:
Porque quê você quer voltar?
Você não tá feliz
Onde você está?
Observando
Tudo a distância
Vendo como a Terra
É pequenininha
Como é grande
A nossa ignorância
E como a nossa vida
É mesquinha
A gente aqui no bagaço
Morrendo de cansaço
De tanto lutar
Por algum espaço
E você
Com todo esse espaço na mão
Querendo voltar aqui pro chão?
Ah não, meu irmão!
Qual é a tua?
Que bicho te mordeu
Aí na lua?

Eu vou pro mundo da lua
Que é feito um motel
Aonde os deuses e deusas
Se abraçam e beijam no céu...

Ah não, meu irmão!
Qual é a tua?
Que bicho te mordeu
Aí na lua?
Fica por aí
Que é o melhor que cê faz
A vida por aqui
Tá difícil demais
Aqui no mundo
O negócio tá feio
Tá todo mundo feito
Cego em tiroteio
Olhando pro alto
Procurando a salvação
Ou pelo menos uma orientação
Você já tá perto de Deus
Astronauta!
Então me promete
Que pergunta prá ele
As respostas
De todas as perguntas
E me manda pela internet...

Eu vou pro mundo da lua
Que é feito um motel
Aonde os deuses e deusas
Se abraçam e beijam no céu...

É tanto progresso
Que eu pareço criança
Essa vida de internauta
Me cansa
Astronauta cê volta
E deixa dar uma volta na nave
Passa achave
Que eu tô de mudança
Seja bem-vindo, faça o favor
E toma conta do meu computador
Porque eu tô de mala pronta
Tô de partida
E a passagem é só de ida
Tô preparado prá decolagem
Vou seguir viagem
Vou me desconectar
Porque eu já tô de saco cheio
E não quero receber
Nenhum e-mail
Com notícia dessa merda
De lugar...

Eu vou pro mundo da lua
Que é feito um motel
Aonde os deuses e deusas
Se abraçam e beijam no céu...

Eu vou prá longe
Onde não exista gravidade
Prá me livrar do peso
Da responsabilidade
De viver nesse planeta
Doente
E ter que achar
A cura da cabeça
E do coração da gente
Chega de loucura
Chega de tortura
Talvez aí no espaço
Eu ache alguma criatura
Inteligente
Aqui tem muita gente
Mas eu só encontro solidão
Ódio, mentira, ambição
Estrela por aí
É o que não falta
Astronauta!
A Terra é um planeta
Em extinção...

Eu vou pro mundo da lua
Que é feito um motel
Aonde os deuses e deusas
Se abraçam e beijam no céu! (2x)

ADRIANA CALCANHOTTO - EM CARUARU DIA 20/05 - está chegando a hora

PERFEIÇÃO - LEGIÃO URBANA

sábado, 14 de maio de 2011

DANÇA DAS BORBOLETAS - CONCEIÇÃO GOMES



Borboletas passeiam pelo meu corpo,
Brincam em mim
Como se delas eu fosse a casa,
O jardim.
Com suas asas a borboletarem
Dentro de mim
Só querem voar para perto de você.

Nos caminhos que percorremos
Levam-me, por ora solitária,
Outras apenas em minhas memórias.
Livres as borboletas me instigam
A voar, a liberdade.

Vão e veem dentro de mim,
Entram e me fazem refém da liberdade
Das nossas vivências,
E eu na vertigem das asas
Sem saber bem o que dizer
Ou fazer,
Fico a contemplar.
Não ouso tocá-las,
Pois esse é o presente.

Elas também me aprisionam,
 São elas que dançam
Em mim quando penso
Na nossa dança.
Quando as palavras me faltam,
Quando faltam as ideias
E só sei sentir,
São elas que dançam em mim.
Só me fazem recordar
De como dançamos tão bem
Você e eu.

Conceição Gomes (26/08/2010)