Quem sou eu

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Posso ser séria, brincalhona, distraída, chata, abusada, legal,ótima, travosa (como diz um grande amigo) isso depende de você, de mim, do dia ou da situação. Quer mesmo saber quem sou eu? Precisa de mais proximidade. Gosto de ler e escrever, embora nem sempre tenha tempo suficiente para tais práticas. Gosto de tanta coisa e de tantas pessoas que não caberiam aqui se a elas fosse me referir uma por uma. Acho a vida um belo espetáculo sem ensaios onde passeamos dia a dia a procura da felicidade. Para falar mais de mim profissionalmente: Sou professora. Graduada em Letras-FAFICA. Atualmente estudo sobre Leitura Literária no Ensino Fundamental. Atuo no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Gal Costa volta em CD com pegada eletrônica


Capa do novo CD da Gal Costa (Foto: Divulgação)

Depois de seis anos longe dos estúdios, a cantora Gal Costa volta em Recanto (Universal Music), um CD só com músicas compostas por Caetano Veloso. O álbum, que tem previsão de chegar às lojas no dia 6 de dezembro, vai trazer a voz de Gal acompanhada por batidas eletrônicas. Além de Caetano, Moreno, filho mais velho do compositor, assina a produção do disco.

Em entrevista ao Fantástico neste domingo (27), Gal cantou a música “Neguinho”, uma música cuja letra faz uma crítica à sociedade consumista. O disco traz, no total, 11 canções, sendo que duas, "Madre Deus" e "Mansidão" já haviam sido gravadas anteriormente.

Na entrevista ao programa, Caetano também afirmou que irá dirigir o novo show da cantora, com estreia prevista para março de 2012. “Gal tinha pensado em fazer um show só com músicas minhas. Eu concordei. Mas depois eu fiquei achando que devia ter um pouco mais da história dela, independente das minhas composições”, disse Caetano.

Gal é uma das grandes intérpretes do compositor. Logo no início de sua carreira, ela lançou um disco em parceria com o amigo. Foi em1967. O disco Domingo mostrou Gal com um acento bossa novista – ela sempre se disse fã de João Gilberto. Em 1974, Caetano produziu para a amiga o disco Cantar. Dois anos depois, Gal e Caetano se juntaram a Maria Bethânia e Gilberto Gil e formaram Os doces bárbaros, show que cumpriu uma extensa temporada de apresentações pelo Brasil.

Nos últimos cinco anos, Gal vinha se apresentando, em shows pelo Brasil e algumas cidades da Europa e Estados Unidos, com um show me formato voz e violão, no qual cantava músicas que foram sucesso em sua voz, como “Vatapá”, “Sorte” e “Baby”. O último disco com músicas inéditas foi lançado em 2005, pela gravadora Trama. Gal fez poucos shows com o repertório e a maioria das músicas desse trabalho permanece desconhecida do grande público, com exceção de“Mar e sol”, que fez parte da trilha sonora da novela Viver a vida, da TV Globo.

FONTE: http://revistaepoca.globo.com/cultura/noticia/2011/11/gal-costa-volta-em-cd-com-pegada-eletronica.html

MEU GURI ...clip Elza Soares, voz Chico Buarque, edit Coyote

terça-feira, 15 de novembro de 2011

CD'S À VENDA


Aê pessoal estou vendendo os cd's abaixo
Todos são originais
e estão em ótimas condições
R$ 5,00

11 Hits Jovem Pan
Ana Carolina – Perfil 1

Banda Eva – Hora H

Banda Eva Ao Vivo (Ivete Sangalo)

Caetano Veloso – Novelas

Cássia Eller – Coletânea Millenium

Cássia Eller e Cazuza – Coletânea o Melhor de Dois

Djavan - Novelas

Djavan – Coletânea – O Talento

Djavan – Coletânea BIS (Cd Duplo)

Dori, Nana, Danilo e Dorival Caymmi (Show da Família Caymmi)

Good Times 98 – Coletânea Nacional

Love is Music – 20 músicas instrumentais internacionais
Lovy Metal – Coletânea Internacional
Luiz Melodia – Perfil

Miúcha – Miúcha. Compositores

MPB – O Boticário (Coletânea)

MPB – O Boticário 21 anos – Coletânea

Na Balada 10 – Coletânea Jovem Pan

Nana Caymmi

O melhor das Pistas – Jovem Pan
One of Us – O Boticário – Coletânea de MPB

Paralamas do Sucesso – HOJE

Rita Lee – 3001

Simply Red – Greatest Hits

TIM Hits – Acústico Internacional (Coletânea da Operadora Tim)

Zé Ramalho – Antologia Acústica

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Água Viva - Clarice Lispector - resumo



Clarice Lispector percebeu com alguma antecipação a crise na temporalidade que hoje vivenciamos quando articulou poeticamente uma categoria para dar conta da volatilidade do presente, o ‘instante-já”:

O presente é o instante em que a roda do automóvel em alta velocidade toca minimamente o chão. E a parte da roda que ainda não tocou, tocará num imediato que absorve o instante presente e torna-o passado.”( Água Viva 1973/ 1979,19)

A velocidade desenfreada do tempo atual é inimiga mortal da memória. Talvez fosse o caso de se editar o manual de sobrevivência da memória. Reeditar o mito de Sherazade, ícone salvacionista das reminiscências e, de modo idêntico, de sua função narratária. A memória é o lócus privilegiado do imaginário, berço de toda ficção.

Se pela dimensão desejante somos afetados pela leitura, então não lemos apenas com o auxílio da razão e do entendimento. Em Água viva, de Clarice Lispector, a personagem-narradora diz: “Encarno-me nas frases voluptuosas e ininteligíveis que se enovelam para além das palavras.”Lemos com o corpo todo, nosso corpo linguageiro,corpo erógeno, pulsional. A relação do corpo com a linguagem se dá pela mediação exercida pela sensorialidade das palavras. Recorde-se o que dissera, no início, sobre o texto literário ser, por excelência, um texto de evocação. Essa dimensão evocativa supõe corporeidade e desejo. Em sua materialidade significante,o texto se faz carne e corpo erótico. A escritura é a prova de que o texto deseja o leitor. Numa perspectiva barthesiana, diria que a escritura é o Kamasutra da linguagem.

Em 1971, Clarice Lispector conclui as quase duzentas páginas de um manuscrito a que intitulado "Objeto gritante". Composto na maioria de crônicas publicadas anteriormente em jornal, "Objeto gritante" é a radicalização de uma tendência em Clarice já flagrada no seu romance anterior, Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres (1969): a de enxertar fragmentos por assim dizer jornalísticos no tecido de suas narrativas literárias, instaurando "um novo estatuto do texto literário" (Vilma Arêas).
Como sabemos "Objeto gritante" nunca foi publicado. Revisado e reduzido à metade, este manuscrito (se é que dele ainda podemos falar) seria publicado três anos mais tarde com novo título: Água viva (1973). Ao longo da revisão, elementos fundamentais ao projeto original foram suprimidos: o hibridismo de gêneros narrativos de diferentes stati literários, a heterogeneidade no nível da linguagem de estilos e de temas, e, acima de tudo, o caráter autobiográfico de "Objeto gritante". Este breve ensaio apresenta "Objeto gritante" como obra transgressora de certos valores ou decoros literários estabelecidos pela modernidade (cujo "gênero", sabe-se, é masculino): a unidade de composição, a transcendência do autor/mundo empírico, as fronteiras entre literatura e não literatura. Minha intenção é examinar as complexas decisões que levaram Clarice Lispector a realizar e logo abandonar este projeto literário.

A Obra de Arte Literária de vanguarda apresenta uma maior incidência de rupturas entre os segmentos do texto. Água Viva, de Clarice Lispector, apresenta um discurso onde os vazios são produzidos pela interrupção da coerência textual; esses espaços funcionam como instrumentos impulsionadores da consciência imaginativa do leitor; no entanto, a autora utiliza um recurso técnico de produção de texto que direciona a articulação entre o discurso linear e um outro discurso que, mesmo embutido no texto principal, se manifesta em dissonância com as unidades temáticas. Designamos de “Fissura Literária” a esse recurso técnico de produção de texto. Desenvolvemos a articulação teórico-metodológica entre a fenomenologia e a estética da recepção para a análise do texto Água Viva, atendendo a dois fatores: primeiro, dispor dos recursos operacionais necessários à demonstração deste estudo; segundo, promover a empatia texto/leitor, instrumento fundamental para a exposição do assunto. A análise do texto com base nos postulados da fenomenologia busca resgatar na obra literária um objeto estético constituído de elementos distintos, mas entre si articulados de modo a promover um discurso polifônico. O leitor preenche as lacunas com as suas projeções imaginativas; desenvolve associações entre os elementos, formula hipóteses, faz deduções, etc; é ele quem dá consistência representativa a um objeto estético, cuja “existência” está na dependência da sua atuação como o finalizador da obra literária. A estética da recepção delega ao leitor esse papel de co-produtor do texto.


FONTE

http://www.orfeuspam.com.br/Apostilas/LiteraturaBrasileira/Modernismo45/Clarice_Lispector_Agua_Viva_resumo.htm

JOSÉ SARAMAGO - CLARABOIA


Primavera de 1952. Um prédio de seis apartamentos numa rua modesta de Lisboa é o cenário principal das histórias
simultâneas que compõem este romance da juventude de José Saramago. Os dramas cotidianos dos moradores — donas
de casa, funcionários remediados, trabalhadores manuais — tecem uma trama multifacetada, repleta de elementos do
consagrado estilo da maturidade do escritor, em especial a maestria dos diálogos e o poder de observação psicológica.
As janelas, paredes e corredores do velho edifício lisboeta são testemunhas privilegiadas das pequenas tragédias e comédias representadas pelos personagens.
As peripécias de Lídia, uma bela mulher sustentada pelo amante misterioso, e Abel, um jovem outsider à procura de um
sentido para a vida, se contrapõem ao árduo cotidiano dos outros moradores. As narrativas paralelas do livro são organizadas segundo as divisões internas do prédio, do térreo ao segundo andar.
No início da década de 1950, José Saramago já não era um nome totalmente desconhecido na cena literária portuguesa.
Aos trinta anos, o futuro vencedor do prêmio Nobel publicara um romance — Terra do pecado (1947) —, e alguns de
seus contos haviam saído em jornais e revistas de Lisboa, às vezes assinados com o pseudônimo “Honorato”. Saramago,
ex-serralheiro mecânico e então um modesto funcionário da previdência social, também possuía diversos poemas e peças
de teatro entre seus inéditos. Até 1953, o escritor iniciaria a redação de mais quatro romances, que ficaram inacabados.
Em 5 de janeiro daquele ano “Honorato” finalizava o datiloscrito de um livro de mais de trezentas páginas. O novo
romance, em seguida encaminhado para publicação a uma editora lisboeta por intermédio de um amigo jornalista, acabaria esquecido no fundo de uma gaveta. O original nunca foi devolvido ao seu autor, que também não recebera resposta alguma.
Na década de 1980, o já consagrado José Saramago era contactado pela mesma editora para publicar Claraboia. A
mágoa pela falta de resposta na juventude levou-o a declarar que não desejaria ver o romance editado em vida, deixando para seus herdeiros a decisão sobre o que fazer com o livro. Após seu desaparecimento, as inquestionáveis qualidades do romance, construído com perfeito domínio do espaço narrativo, justificam plenamente a opção de trazê-lo a público.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011