Quem sou eu

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Santa Cruz do Capibaribe/ Caruaru, NE/PE, Brazil
Posso ser séria, brincalhona, distraída, chata, abusada, legal,ótima, travosa (como diz um grande amigo) isso depende de você, de mim, do dia ou da situação. Quer mesmo saber quem sou eu? Precisa de mais proximidade. Gosto de ler e escrever, embora nem sempre tenha tempo suficiente para tais práticas. Gosto de tanta coisa e de tantas pessoas que não caberiam aqui se a elas fosse me referir uma por uma. Acho a vida um belo espetáculo sem ensaios onde passeamos dia a dia a procura da felicidade. Para falar mais de mim profissionalmente: Sou professora. Graduada em Letras-FAFICA. Atualmente estudo sobre Leitura Literária no Ensino Fundamental. Atuo no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

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sábado, 22 de setembro de 2012

Nélida Piñon é nova Embaixadora Ibero-Americana da Cultura

RIO - A escritora carioca Nélida Piñon, que acaba de lançar o "Livro das Horas" (editora Record), com suas memórias, será nomeada na sexta-feira Embaixadora Ibero-Americana da Cultura, durante homenagem na província de Cádiz, na Andaluzia, sul da Espanha. A cerimônia dedicada à escritora, imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), acontece por ocasião da XXII Cimeira Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, nos dias 16 e 17 de novembro, e da celebração do Bicentenário da Constituição de Cádiz.
O convite partiu de Enrique Iglesias, à frente da Secretaria-Geral Ibero-Americana, órgão sediado em Madri que tem como filosofia aumentar a cooperação entre as nações ibéricas e as latino-americanas. Para o secretário-geral, que foi presidente por 17 anos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a homenagem é um reconhecimento do talento e da trajetória de Nélida, hoje com 75 anos.
- É uma distinção ao Brasil - define Nélida a homenagem, cuja notícia a surpreendeu há alguns dias. - É um título muito respeitado, escolhido de forma muito especial para quem tem biografia, acervos de histórias e vivência cultural grande em relação ao continente e à península.
A escritora, cujo pai é galego e a mãe é filha de imigrantes da Galícia, contava na quarta-feira por telefone, de Madri, que preparou para a cerimônia um discurso de 15 minutos chamado "Elogio à América".
- No discurso eu falo, sobretudo, de onde nós viemos, de como estamos enlaçados, quer culturalmente, quer pelas misturas étnicas - revela a escritora, completando que a mestiçagem do povo americano traz a marca de todas as civilizações.
O convite da organização da cúpula ibero-americana coincide com uma viagem já marcada para a Espanha, onde a autora promoverá uma série de palestras em Madri e Bilbao organizadas pelo centro cultural Residencia de Estudiantes e pela Fundação Cultural Hispano-Brasileira. Ela retornará ao Brasil somente em outubro.
Diretora de Cultura da Secretaria-Geral Ibero-Americana, Leonor Esguerra Portocarrero explica que o título de embaixadora é para toda a vida:
- A nomeação é para sempre e o que se espera é a promoção de valores latino-americanos, porque eles próprios são um trunfo para a nossa identidade.
Os valores estão definidos na Carta Cultural aprovada pelos chefes de estado ibero-americanos. O documento reconhece a cultura latino-americana como rica, diversa e plural, representando a expressão dos povos, e fala de solidariedade e cooperação, igualdade e reconhecimento dos direitos culturais.
A cerimônia de nomeação contará com a presença de Iglesias, assim como de representantes do governo espanhol. A XXII Cimeira Ibero-Americana deverá reunir, em Cádiz, chefes de 22 países de língua portuguesa ou espanhola.

FONTE: http://br.noticias.yahoo.com/n%C3%A9lida-pi%C3%B1on-%C3%A9-nova-embaixadora-ibero-americana-cultura-020202741.html

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Inglês fotografa salas de aula em 19 países


Das meninas iemenitas de segunda série, com roupas verdes e cabeça coberta até a classe só para meninos no Peru, todos vestidos com um uniforme que lembra o dos militares. Dos rapazes e moças ingleses de ensino médio usando gravata, passando pelos nigerianos de área rural que assistem aula em uma sala com mobiliário doado e até os adolescentes de uma escola pública de Belo Horizonte. Nada escapou às lentes de Julian Germain. Desde 2004, o inglês percorreu 19 países, dentre eles o Brasil, fotografando salas de aula. O resultado desse projeto se transformou em um apanhado de 87 imagens de escolas de todo o mundo, publicadas no livro classroom portraits (ou Retratos da Sala de Aula, em livre tradução), da Prestel, lançado nesta semana.
Em todas as salas de aula que visitou, disse Germain ao Porvir, ele se apresentava, contava do projeto e pedia licença para assistir a aula sentado em um canto. Quando o professor terminava, o fotógrafo posicionava seus equipamentos e tirava o retrato. O procedimento durava, no máximo, 15 minutos. Ele conta que sua preocupação era registrar uma atividade cotidiana. Por isso, pedia que o professor não apagasse o quadro nem que os alunos tirassem seus pertences de lugar. Outra cuidado que tinha era registrar tanto escolas rurais quanto urbanas e atividades de todas as disciplinas.
copyright © Julian Germain, 2012

Escola Estadual Nossa Senhora do Belo Ramo, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Series 6, Matemática. 17 de novembro de 2005. Do classroom portraits 2004-2012, Julian Germain, copyright © Julian Germain, 2012.

Fora esses critérios, não havia nenhum outro grande pré-requisito. “Eu não sou cientista, eu não sou sociólogo. Eu sou um artista. Eu não quero assumir a responsabilidade de dizer que isso é um fato. Eu prefiro dizer que, quando eu fui naquele dia naquele lugar, isso foi o que eu vi”, diz ele. Assim, as escolas e as classes fotografadas não foram escolhidas segundo um mapeamento rígido. Em alguns casos, a viagem foi financiada por uma instituição que lhe abria portas de certos países, especialmente no Oriente Médio. Em outros, ele viajou por conta própria ou para desenvolver um projeto paralelo e aproveitou para fotografar escolas. Nesses casos, era fundamental conhecer alguém cujo filho estudava na escola ou até conhecer alguém, que conhece alguém que pudesse intermediar sua entrada.
Em instituições no Reino Unido, onde educação é um direito adquirido, 47% das crianças disseram achar que a escola era chata. No entanto, em países muito pobres, como Iêmen e Bangladesh, o fotógrafo percebeu que os alunos tinham outra perspectiva.
Foi o que aconteceu com as fotografias de Minas Gerais. Ele veio ao país para desenvolver um outro projeto e alguns conhecidos facilitaram a sua entrada nas três escolas que fotografou. Uma das fotos, a tirada na escola estadual Nossa Senhora do Belo Ramo, em Belo Horizonte, foi parar na capa do livro. “Foi uma opção muito simples de fazer”, diz ele. Segundo o fotógrafo, o fato de o país ser multicultural e conseguir reunir, em uma só imagem, características do mundo todo, facilitou a escolha. “Se eu pusesse uma foto da Nigéria na capa, as pessoa poderiam ter a impressão de que o livro era sobre pobreza ou educação rural. Nós decidimos que essa imagem em particular [a da capa] era interessante porque ela tem um toque levemente global, com crianças negras, hispânicas”, disse ele. Outro fator determinante, acrescentou, é que o menino no centro captura o olhar das pessoas e as convida a entrar na imagem.
Além das fotos, Germain levou também um questionário para cada um dos países. As perguntas não eram as mesmas –nem poderiam ser, frisa o fotógrafo – e foram feitas para ajudar a complementar as informações que as imagens traziam. Ele dá um exemplo: uma pergunta recorrente que fez foi se a criança ou o adolescente acreditava em Deus. No Oriente Médio, no entanto, não fazia sentido fazer esse tipo de questionamento porque não havia a possibilidade de as pessoas não crerem em Deus. Assim como não fazia sentido, complementa, perguntar se um aluno da Etiópia tinha iPhone. “Era muito melhor perguntar se ele tinha acesso à eletricidade em casa”, afirma.
copyright © Julian Germain, 2012

Escola Primária Al Ishraq, AkamatAl Me’gab, Distrito de Manakha, Iêmen. Alunos do 1 ao 6 ano, aula de revisão. 15 de maio de 2007. Do classroom portraits 2004-2012 de Julian Germain, copyright © Julian Germain, 2012.

Apesar de evitar comparações, “para não fazer julgamento de valor”, Germain aponta outra disparidade que lhe chamou a atenção: a relação dos alunos com a escola. Em instituições no Reino Unido, onde educação é um direito adquirido, 47% das crianças disseram achar que a escola era chata, enquanto 16% disseram considerá-la necessária. No entanto, em países muito pobres, como Iêmen e Bangladesh, o fotógrafo percebeu que os alunos tinham outra perspectiva.
“Fotografias sempre se referem ao passado, mas esse livro traz também implícito o sentimento de futuro porque são todas as crianças e adolescentes com uma vida inteira pela frente.”
Germain conta que, em uma das cidades que visitou, resolveu tentar procurar o caminho de uma escola iemenita um dia antes do marcado para a fotografia. Mas, como não encontrava, resolveu pedir ajuda a um menino que jogava futebol na rua. O garoto guiou o inglês por entre ruelas, subidas e descidas e, nesse percurso, Germain resolveu perguntar se ele gostava da escola. “Ele me disse: ‘claro que sim’ e me olhou como se eu tivesse feito a pergunta mais estúpida que se possa imaginar”, disse. “Pelos nossos padrões, esse menino não estava recebendo uma educação boa, mas ele sabia que ele dependia disso para melhorar de vida.”
copyright © Julian Germain, 2012.

Gambela Elementary School, Gambela, Distrito Welisso, Etiópia. Primeiro ano, aula de música. 9 de outubro de 2009. Do classroom portraits 2004-2012, de Julian Germain, copyright © Julian Germain, 2012.

Depois de tantos países percorridos, tantas escolas visitadas, tantas fotografias tiradas, Germain conta que ficou com um sentimento paradoxal. Por um lado, constatou que as escolas são muito parecidas em todo o mundo. “Esse sistema educacional, com um professor na frente, as crianças diante dele e o quadro negro foi inventado nos tempos medievais. Você reconhece uma escola em qualquer lugar que você vá”. Por outro lado, apesar de ainda estarem muito marcadas pelo passado, as imagens passam uma esperança. “Fotografias sempre se referem ao passado, mas esse livro traz também implícito o sentimento de futuro porque são todas as crianças e adolescentes com uma vida inteira pela frente.”
Em todas, os alunos olham para a fotografia, como se conversassem com o observador. “Foi proposital”, diz o inglês. “É muito desafiador ter crianças e jovens do mundo inteiro olhando para mim. Esse olhar meio que diz para nós, adultos, que o mundo no qual eles estão entrando é nossa responsabilidade.”
Serviço:
classroom portraits 2004-2012, de Julian Germain, prefácio de Leonid Ilyushin, professor de pedagogia da Universidade do Estado de St. Petersburg, publicado pela editora Prestel na segunda-feira, 17 de setembro. Preço sugerido de £40 (e cerca de R$ 170 em livrarias brasileiras), 30.5 x 22.5cm 208 pp, 110 col. illus. (ISBN 978-3-7913-4748-6).
*Este post foi alterado às 19h48 de 19 de setembro 2012.

FONTE:
http://porvir.org/porpensar/ingles-fotografa-salas-de-aula-em-19-paises/20120918

sábado, 15 de setembro de 2012

O GATO PRETO – EDGAR ALLAN POE



O GATO PRETO – EDGAR ALLAN POE

Não espero nem peço que se dê crédito à história sumamente extraordinária e, no entanto, bastante doméstica que vou narrar. Louco seria eu se esperasse tal coisa, tratando-se de um caso que os meus próprios sentidos se negam a aceitar. Não obstante, não estou louco e, com toda a certeza, não sonho. Mas amanhã morro e, por isso, gostaria, hoje, de aliviar o meu espírito. Meu propósito imediato é apresentar ao mundo, clara e sucintamente, mas sem comentários, uma série de simples acontecimentos domésticos. Devido a suas conseqüências, tais acontecimentos me aterrorizaram, torturaram e destruíram.
No entanto, não tentarei esclarecê-los. Em mim, quase não produziram outra coisa senão horror - mas, em muitas pessoas, talvez lhes pareçam menos terríveis que grotesco. Talvez, mais tarde, haja alguma inteligência que reduza o meu fantasma a algo comum - uma inteligência mais serena, mais lógica e muito menos excitável do que, a minha, que perceba, nas circunstâncias a que me refiro com terror, nada mais do que uma sucessão comum de causas e efeitos muito naturais.

Desde a infância, tornaram-se patentes a docilidade e o sentido humano de meu caráter. A ternura de meu coração era tão evidente, que me tomava alvo dos gracejos de meus companheiros. Gostava, especialmente, de animais, e meus pais me permitiam possuir grande variedade deles. Passava com eles quase todo o meu tempo, e jamais me sentia tão feliz como quando lhes dava de comer ou os acariciava. Com os anos, aumentou esta peculiaridade de meu caráter e, quando me tomei adulto, fiz dela uma das minhas principais fontes de prazer. Aos que já sentiram afeto por um cão fiel e sagaz, não preciso dar-me ao trabalho de explicar a natureza ou a intensidade da satisfação que se pode ter com isso. Há algo, no amor desinteressado, e capaz de sacrifícios, de um animal, que toca diretamente o coração daqueles que tiveram ocasiões freqüentes de comprovar a amizade mesquinha e a frágil fidelidade de um simples homem.

Casei cedo, e tive a sorte de encontrar em minha mulher disposição semelhante à minha. Notando o meu amor pelos animais domésticos, não perdia a oportunidade de arranjar as espécies mais agradáveis de bichos. Tínhamos pássaros, peixes dourados, um cão, coelhos, um macaquinho e um gato.

Este último era um animal extraordinariamente grande e belo, todo negro e de espantosa sagacidade. Ao referir-se à sua inteligência, minha mulher, que, no íntimo de seu coração, era um tanto supersticiosa, fazia freqüentes alusões à antiga crença popular de que todos os gatos pretos são feiticeiras disfarçadas. Não que ela se referisse seriamente a isso: menciono o fato apenas porque aconteceu lembrar-me disso neste momento.

Pluto - assim se chamava o gato - era o meu preferido, com o qual eu mais me distraía. Só eu o alimentava, e ele me seguia sempre pela casa. Tinha dificuldade, mesmo, em impedir que me acompanhasse pela rua.

Nossa amizade durou, desse modo, vários anos, durante os quais não só o meu caráter como o meu temperamento - enrubesço ao confessá-lo - sofreram, devido ao demônio da intemperança, uma modificação radical para pior. Tomava-me, dia a dia, mais taciturno, mais irritadiço, mais indiferente aos sentimentos dos outros. Sofria ao empregar linguagem desabrida ao dirigir-me à minha mulher. No fim, cheguei mesmo a tratá-la com violência. Meus animais, certamente, sentiam a mudança operada em meu caráter. Não apenas não lhes dava atenção alguma, como, ainda, os maltratava. Quanto a Pluto, porém, ainda despertava em mim consideração suficiente que me impedia de maltratá-lo, ao passo que não sentia escrúpulo algum em maltratar os coelhos, o macaco e mesmo o cão, quando, por acaso ou afeto, cruzavam em meu caminho. Meu mal, porém, ia tomando conta de mim - que outro mal pode se comparar ao álcool? - e, no fim, até Pluto, que começava agora a envelhecer e, por conseguinte, se tomara um tanto rabugento, até mesmo Pluto começou a sentir os efeitos de meu mau humor.

Certa noite, ao voltar a casa, muito embriagado, de uma de minhas andanças pela cidade, tive a impressão de que o gato evitava a minha presença. Apanhei-o, e ele, assustado ante a minha violência, me feriu a mão, levemente, com os dentes. Uma fúria demoníaca apoderou-se, instantaneamente, de mim. Já não sabia mais o que estava fazendo. Dir-se-ia que, súbito, minha alma abandonara o corpo, e uma perversidade mais do que diabólica, causada pela genebra, fez vibrar todas as fibras de meu ser.Tirei do bolso um canivete, abri-o, agarrei o pobre animal pela garganta e, friamente, arranquei de sua órbita um dos olhos! Enrubesço, estremeço, abraso-me de vergonha, ao referir-me, aqui, a essa abominável atrocidade.

Quando, com a chegada da manhã, voltei à razão - dissipados já os vapores de minha orgia noturna - , experimentei, pelo crime que praticara, um sentimento que era um misto de horror e remorso; mas não passou de um sentimento superficial e equívoco, pois minha alma permaneceu impassível. Mergulhei novamente em excessos, afogando logo no vinho a lembrança do que acontecera.

Entrementes, o gato se restabeleceu, lentamente. A órbita do olho perdido apresentava, é certo, um aspecto horrendo, mas não parecia mais sofrer qualquer dor. Passeava pela casa como de costume, mas, como bem se poderia esperar, fugia, tomado de extremo terror, à minha aproximação. Restava-me ainda o bastante de meu antigo coração para que, a princípio, sofresse com aquela evidente aversão por parte de um animal que, antes, me amara tanto. Mas esse sentimento logo se transformou em irritação. E, então, como para perder-me final e irremissivelmente, surgiu o espírito da perversidade. Desse espírito, a filosofia não toma conhecimento. Não obstante, tão certo como existe minha alma, creio que a perversidade é um dos impulsos primitivos do coração humano - uma das faculdades, ou sentimentos primários, que dirigem o caráter do homem. Quem não se viu, centenas de vezes, a cometer ações vis ou estúpidas, pela única razão de que sabia que não devia cometê-las? Acaso não sentimos uma inclinação constante mesmo quando estamos no melhor do nosso juízo, para violar aquilo que é lei, simplesmente porque a compreendemos como tal? Esse espírito de perversidade, digo eu, foi a causa de minha queda final. O vivo e insondável desejo da alma de atormentar-se a si mesma, de violentar sua própria natureza, de fazer o mal pelo próprio mal, foi o que me levou a continuar e, afinal, a levar a cabo o suplício que infligira ao inofensivo animal. Uma manhã, a sangue frio, meti-lhe um nó corredio em torno do pescoço e enforquei-o no galho de uma árvore. Fi-lo com os olhos cheios de lágrimas, com o coração transbordante do mais amargo remorso. Enforquei-o porque sabia que ele me amara, e porque reconhecia que não me dera motivo algum para que me voltasse contra ele. Enforquei-o porque sabia que estava cometendo um pecado - um pecado mortal que comprometia a minha alma imortal, afastando-a, se é que isso era possível, da misericórdia infinita de um Deus infinitamente misericordioso e infinitamente terrível.

Na noite do dia em que foi cometida essa ação tão cruel, fui despertado pelo grito de "fogo!". As cortinas de minha cama estavam em chamas. Toda a casa ardia. Foi com grande dificuldade que minha mulher, uma criada e eu conseguimos escapar do incêndio. A destruição foi completa. Todos os meus bens terrenos foram tragados pelo fogo, e, desde então, me entreguei ao desespero.

Não pretendo estabelecer relação alguma entre causa e efeito - entre o desastre e a atrocidade por mim cometida. Mas estou descrevendo uma seqüência de fatos, e não desejo omitir nenhum dos elos dessa cadeia de acontecimentos. No dia seguinte ao do incêndio, visitei as ruínas. As paredes, com exceção de uma apenas, tinham desmoronado. Essa única exceção era constituída por um fino tabique interior, situado no meio da casa, junto ao qual se achava a cabeceira de minha cama. O reboco havia, aí, em grande parte, resistido à ação do fogo - coisa que atribuí ao fato de ter sido ele construído recentemente. Densa multidão se reunira em torno dessa parede, e muitas pessoas examinavam, com particular atenção e minuciosidade, uma parte dela, As palavras "estranho!", "singular!", bem como outras expressões semelhantes, despertaram-me a curiosidade. Aproximei-me e vi, como se gravada em baixo-relevo sobre a superfície branca, a figura de um gato gigantesco. A imagem era de uma exatidão verdadeiramente maravilhosa. Havia uma corda em tomo do pescoço do animal.

Logo que vi tal aparição - pois não poderia considerar aquilo como sendo outra coisa - , o assombro e terror que se me apoderaram foram extremos. Mas, finalmente, a reflexão veio em meu auxílio. O gato, lembrei-me, fora enforcado num jardim existente junto à casa. Aos gritos de alarma, o jardim fora imediatamente invadido pela multidão. Alguém deve ter retirado o animal da árvore, lançando-o, através de uma janela aberta, para dentro do meu quarto. Isso foi feito, provavelmente, com a intenção de despertar-me. A queda das outras paredes havia comprimido a vítima de minha crueldade no gesso recentemente colocado sobre a parede que permanecera de pé. A cal do muro, com as chamas e o amoníaco desprendido da carcaça, produzira a imagem tal qual eu agora a via.

Embora isso satisfizesse prontamente minha razão, não conseguia fazer o mesmo, de maneira completa, com minha consciência, pois o surpreendente fato que acabo de descrever não deixou de causar-me, apesar de tudo, profunda impressão. Durante meses, não pude livrar-me do fantasma do gato e, nesse espaço de tempo, nasceu em meu espírito uma espécie de sentimento que parecia remorso, embora não o fosse. Cheguei, mesmo, a lamentar a perda do animal e a procurar, nos sórdidos lugares que então freqüentava, outro bichano da mesma espécie e de aparência semelhante que pudesse substituí-lo.

Uma noite, em que me achava sentado, meio aturdido, num antro mais do que infame, tive a atenção despertada, subitamente, por um objeto negro que jazia no alto de um dos enormes barris, de genebra ou rum, que constituíam quase que o único mobiliário do recinto. Fazia já alguns minutos que olhava fixamente o alto do barril, e o que então me surpreendeu foi não ter visto antes o que havia sobre o mesmo. Aproximei-me e toquei-o com a mão. Era um gato preto, enorme - tão grande quanto Pluto - e que, sob todos os aspectos, salvo um, se assemelhava a ele. Pluto não tinha um único pêlo branco em todo o corpo - e o bichano que ali estava possuía uma mancha larga e branca, embora de forma indefinida, a cobrir-lhe quase toda a região do peito.

Ao acariciar-lhe o dorso, ergueu-se imediatamente, ronronando com força e esfregando-se em minha mão, como se a minha atenção lhe causasse prazer. Era, pois, o animal que eu procurava. Apressei-me em propor ao dono a sua aquisição, mas este não manifestou interesse algum pelo felino. Não o conhecia; jamais o vira antes.

Continuei a acariciá-lo e, quando me dispunha a voltar para casa, o animal demonstrou disposição de acompanhar-me. Permiti que o fizesse - detendo-me, de vez em quando, no caminho, para acariciá-lo. Ao chegar, sentiu-se imediatamente à vontade, como se pertencesse a casa, tomando-se, logo, um dos bichanos preferidos de minha mulher.

De minha parte, passei a sentir logo aversão por ele. Acontecia, pois, justamente o contrário do que eu esperava. Mas a verdade é que - não sei como nem por quê - seu evidente amor por mim me desgostava e aborrecia. Lentamente, tais sentimentos de desgosto e fastio se converteram no mais amargo ódio. Evitava o animal. Uma sensação de vergonha, bem como a lembrança da crueldade que praticara, impediam-me de maltratá-lo fisicamente. Durante algumas semanas, não lhe bati nem pratiquei contra ele qualquer violência; mas, aos poucos - muito gradativamente - , passei a sentir por ele inenarrável horror, fugindo, em silêncio, de sua odiosa presença, como se fugisse de uma peste.

Sem dúvida, o que aumentou o meu horror pelo animal foi a descoberta, na manhã do dia seguinte ao que o levei para casa, que, como Pluto, também havia sido privado de um dos olhos. Tal circunstância, porém, apenas contribuiu para que minha mulher sentisse por ele maior carinho, pois, como já disse, era dotada, em alto grau, dessa ternura de sentimentos que constituíra, em outros tempos, um de meus traços principais, bem como fonte de muitos de meus prazeres mais simples e puros.

No entanto, a preferência que o animal demonstrava pela minha pessoa parecia aumentar em razão direta da aversão que sentia por ele. Seguia-me os passos com uma pertinácia que dificilmente poderia fazer com que o leitor compreendesse. Sempre que me sentava, enrodilhava-se embaixo de minha cadeira, ou me saltava ao colo, cobrindo-me com suas odiosas carícias. Se me levantava para andar, metia-se-me entre as pemas e quase me derrubava, ou então, cravando suas longas e afiadas garras em minha roupa, subia por ela até o meu peito. Nessas ocasiões, embora tivesse ímpetos de matá-lo de um golpe, abstinha-me de fazê-lo devido, em parte, à lembrança de meu crime anterior, mas, sobretudo - apresso-me a confessá-lo - , pelo pavor extremo que o animal me despertava.

Esse pavor não era exatamente um pavor de mal físico e, contudo, não saberia defini-lo de outra maneira. Quase me envergonha confessar - sim, mesmo nesta cela de criminoso - , quase me envergonha confessar que o terror e o pânico que o animal me inspirava eram aumentados por uma das mais puras fantasias que se possa imaginar. Minha mulher, mais de uma vez, me chamara a atenção para o aspecto da mancha branca a que já me referi, e que constituía a única diferença visível entre aquele estranho animal e o outro, que eu enforcara. O leitor, decerto, se lembrará de que aquele sinal, embora grande, tinha, a princípio, uma forma bastante indefinida. Mas, lentamente, de maneira quase imperceptível - que a minha imaginação, durante muito tempo, lutou por rejeitar como fantasiosa -, adquirira, por fim, uma nitidez rigorosa de contornos. Era, agora, a imagem de um objeto cuja menção me faz tremer... E, sobretudo por isso, eu o encarava como a um monstro de horror e repugnância, do qual eu, se tivesse coragem, me teria livrado. Era agora, confesso, a imagem de uma coisa odiosa, abominável: a imagem da forca! Oh, lúgubre e terrível máquina de horror e de crime, de agonia e de morte!

Na verdade, naquele momento eu era um miserável - um ser que ia além da própria miséria da humanidade. Era uma besta-fera, cujo irmão fora por mim desdenhosamente destruído... uma besta-fera que se engendrara em mim, homem feito à imagem do Deus Altíssimo. Oh, grande e insuportável infortúnio! Ai de mim! Nem de dia, nem de noite, conheceria jamais a bênção do descanso! Durante o dia, o animal não me deixava a sós um único momento; e, à noite, despertava de hora em hora, tomado do indescritível terror de sentir o hálito quente da coisa sobre o meu rosto, e o seu enorme peso - encarnação de um pesadelo que não podia afastar de mim - pousado eternamente sobre o meu coração!

Sob a pressão de tais tormentos, sucumbiu o pouco que restava em mim de bom. Pensamentos maus converteram-se em meus únicos companheiros - os mais sombrios e os mais perversos dos pensamentos. Minha rabugice habitual se transformou em ódio por todas as coisas e por toda a humanidade - e enquanto eu, agora, me entregava cegamente a súbitos, freqüentes e irreprimíveis acessos de cólera, minha mulher - pobre dela! - não se queixava nunca convertendo-se na mais paciente e sofredora das vítimas.

Um dia, acompanhou-me, para ajudar-me numa das tarefas domésticas, até o porão do velho edifício em que nossa pobreza nos obrigava a morar, O gato seguiu-nos e, quase fazendo-me rolar escada abaixo, me exasperou a ponto de perder o juízo. Apanhando uma machadinha e esquecendo o terror pueril que até então contivera minha mão, dirigi ao animal um golpe que teria sido mortal, se atingisse o alvo. Mas minha mulher segurou-me o braço, detendo o golpe. Tomado, então, de fúria demoníaca, livrei o braço do obstáculo que o detinha e cravei-lhe a machadinha no cérebro. Minha mulher caiu morta instantaneamente, sem lançar um gemido.

Realizado o terrível assassínio, procurei, movido por súbita resolução, esconder o corpo. Sabia que não poderia retirá-lo da casa, nem de dia nem de noite, sem correr o risco de ser visto pelos vizinhos.

Ocorreram-me vários planos. Pensei, por um instante, em cortar o corpo em pequenos pedaços e destruí-los por meio do fogo. Resolvi, depois, cavar uma fossa no chão da adega. Em seguida, pensei em atirá-lo ao poço do quintal. Mudei de idéia e decidi metê-lo num caixote, como se fosse uma mercadoria, na forma habitual, fazendo com que um carregador o retirasse da casa. Finalmente, tive uma idéia que me pareceu muito mais prática: resolvi emparedá-lo na adega, como faziam os monges da Idade Média com as suas vítimas.

Aquela adega se prestava muito bem para tal propósito. As paredes não haviam sido construídas com muito cuidado e, pouco antes, haviam sido cobertas, em toda a sua extensão, com um reboco que a umidade impedira de endurecer. Ademais, havia uma saliência numa das paredes, produzida por alguma chaminé ou lareira, que fora tapada para que se assemelhasse ao resto da adega. Não duvidei de que poderia facilmente retirar os tijolos naquele lugar, introduzir o corpo e recolocá-los do mesmo modo, sem que nenhum olhar pudesse descobrir nada que despertasse suspeita.

E não me enganei em meus cálculos. Por meio de uma alavanca, desloquei facilmente os tijolos e tendo depositado o corpo, com cuidado, de encontro à parede interior. Segurei-o nessa posição, até poder recolocar, sem grande esforço, os tijolos em seu lugar, tal como estavam anteriormente. Arranjei cimento, cal e areia e, com toda a precaução possível, preparei uma argamassa que não se podia distinguir da anterior, cobrindo com ela, escrupulosamente, a nova parede. Ao terminar, senti-me satisfeito, pois tudo correra bem. A parede não apresentava o menor sinal de ter sido rebocada. Limpei o chão com o maior cuidado e, lançando o olhar em tomo, disse, de mim para comigo: "Pelo menos aqui, o meu trabalho não foi em vão".

O passo seguinte foi procurar o animal que havia sido a causa de tão grande desgraça, pois resolvera, finalmente, matá-lo. Se, naquele momento, tivesse podido encontrá-lo, não haveria dúvida quanto à sua sorte: mas parece que o esperto animal se alarmara ante a violência de minha cólera, e procurava não aparecer diante de mim enquanto me encontrasse naquele estado de espírito. Impossível descrever ou imaginar o profundo e abençoado alívio que me causava a ausência de tão detestável felino. Não apareceu também durante a noite - e, assim, pela primeira vez, desde sua entrada em casa, consegui dormir tranqüila e profundamente. Sim, dormi mesmo com o peso daquele assassínio sobre a minha alma.

Transcorreram o segundo e o terceiro dia - e o meu algoz não apareceu. Pude respirar, novamente, como homem livre. O monstro, aterrorizado fugira para sempre de casa. Não tomaria a vê-lo! Minha felicidade era infinita! A culpa de minha tenebrosa ação pouco me inquietava. Foram feitas algumas investigações, mas respondi prontamente a todas as perguntas. Procedeu-se, também, a uma vistoria em minha casa, mas, naturalmente, nada podia ser descoberto. Eu considerava já como coisa certa a minha felicidade futura.

No quarto dia após o assassinato, uma caravana policial chegou, inesperadamente, a casa, e realizou, de novo, rigorosa investigação. Seguro, no entanto, de que ninguém descobriria jamais o lugar em que eu ocultara o cadáver, não experimentei a menor perturbação. Os policiais pediram-me que os acompanhasse em sua busca. Não deixaram de esquadrinhar um canto sequer da casa. Por fim, pela terceira ou quarta vez, desceram novamente ao porão. Não me alterei o mínimo que fosse. Meu coração batia calmamente, como o de um inocente. Andei por todo o porão, de ponta a ponta. Com os braços cruzados sobre o peito, caminhava, calmamente, de um lado para outro. A polícia estava inteiramente satisfeita e preparava-se para sair. O júbilo que me inundava o coração era forte demais para que pudesse contê-lo. Ardia de desejo de dizer uma palavra, uma única palavra, à guisa de triunfo, e também para tomar duplamente evidente a minha inocência.

- Senhores - disse, por fim, quando os policiais já subiam a escada - , é para mim motivo de grande satisfação haver desfeito qualquer suspeita. Desejo a todos os senhores ótima saúde e um pouco mais de cortesia. Diga-se de passagem, senhores, que esta é uma casa muito bem construída... (Quase não sabia o que dizia, em meu insopitável desejo de falar com naturalidade.) Poderia, mesmo, dizer que é uma casa excelentemente construída. Estas paredes - os senhores já se vão? - , estas paredes são de grande solidez.

Nessa altura, movido por pura e frenética fanfarronada, bati com força, com a bengala que tinha na mão, justamente na parte da parede atrás da qual se achava o corpo da esposa de meu coração.

Que Deus me guarde e livre das garras de Satanás! Mal o eco das batidas mergulhou no silêncio, uma voz me respondeu do fundo da tumba, primeiro com um choro entrecortado e abafado, como os soluços de uma criança; depois, de repente, com um grito prolongado, estridente, contínuo, completamente anormal e inumano. Um uivo, um grito agudo, metade de horror, metade de triunfo, como somente poderia ter surgido do inferno, da garganta dos condenados, em sua agonia, e dos demônios exultantes com a sua condenação.

Quanto aos meus pensamentos, é loucura falar. Sentindo-me desfalecer, cambaleei até à parede oposta. Durante um instante, o grupo de policiais deteve-se na escada, imobilizado pelo terror. Decorrido um momento, doze braços vigorosos atacaram a parede, que caiu por terra. O cadáver, já em adiantado estado de decomposição, e coberto de sangue coagulado, apareceu, ereto, aos olhos dos presentes.

Sobre sua cabeça, com a boca vermelha dilatada e o único olho chamejante, achava-se pousado o animal odioso, cuja astúcia me levou ao assassínio e cuja voz reveladora me entregava ao carrasco.

Eu havia emparedado o monstro dentro da tumba!


Qual a diferença entre CD, DVD e MP3?



por Fernando Tió Neto
Primeiro, vamos explicar a diferença entre CD e DVD. A distinção principal é a capacidade de armazenamento, que é sete vezes maior no DVD que no CD. Tanto no CD quanto no DVD, os dados de som e imagem ficam armazenados em uma longa linha espiral, que recobre toda a superfície de alumínio. A diferença é a espessura da linha. No CD, ela mede 1 600 nanômetros, algo como uma vez e meia o diâmetro de um fio de cabelo. No DVD, a linha tem 740 nanômetros, pouco mais que a metade do diâmetro do mesmo fiozinho. Como a linha do DVD é mais fina, cabem mais voltas da linha no disco - e, por conseqüência, mais dados. Mas essa evolução não pára com o DVD convencional. Em 2003, chegou ao mercado o blu-ray, um novo formato de DVD ainda mais preciso. Para ler as informações gravadas na espiral, o leitor óptico do blu-ray utiliza um laser azul, mais fininho que o tradicional laser vermelho dos CDs e DVDs. Resultado: maior capacidade de armazenamento. Falta falar das modalidades regraváveis de CD e DVD, os CD-RW e DVD-RW. Eles têm uma camada extra em relação aos convencionais: uma película de tinta especial, onde as informações ficam gravadas. Nos regraváveis, onde há dados, a tinta fica opaca. Onde não tem nada, ela é brilhante. A vantagem é que esse tipo de gravação não é permanente - por meio de uma "raspagem" a laser, um gravador de CDs ou de DVDs consegue deixar toda a tinta brilhante de novo, pronta para ser regravada. Por último, é a vez do MP3, que não é um tipo de disco, mas um formato de compressão que diminui o tamanho dos arquivos de música no CD ou no computador. Só para comparar, em um CD normal cabem 80 minutos de música no formato ".wav", o mais tradicional. Em MP3, esse mesmo CD pode armazenar até 12 horas de som!

Esquadrão da imagem e do som Destrinchamos os pontos fortes e fracos das oito mídias mais avançadas da atualidade
O QUE É - Disco de alumínio recoberto com acrílico, capaz de armazenar dados na forma de músicas, vídeos e programas
CAPACIDADE - 700 megabytes (80 minutos de música em formato ".wav" ou 12 horas em MP3)
VANTAGEM - Funciona em aparelhos de som, computadores, DVD players, discmen...
DESVANTAGEM - Capacidade de armazenamento pequena comparada à do DVD
CD-R
O QUE É - CD virgem utilizado para gravar o que o usuário quiser por meio de um aparelho gravador de CDs. O "R" significa recordable, ou gravável
CAPACIDADE - A mesma de um CD
VANTAGEM - Preço baixo e possibilidade de escolher sua própria lista de músicas
DESVANTAGEM - Só pode ser gravado uma vez
CD-RW
O QUE É CD - virgem usado em múltiplas regravações por meio de um aparelho gravador de CDs. O "RW" é de rewritable, regravável
CAPACIDADE - A mesma de um CD
VANTAGEM - Capacidade de reutilização. Pode ser gravado mais de uma vez
DESVANTAGEM - Versatilidade reduzida. Nem todos os CD players de carros estão adaptados para ler seus arquivos
DVD
O QUE É - Disco de alumínio recoberto com acrílico, capaz de armazenar sons e imagens
VANTAGEM - Capacidade de armazenamento sete vezes superior à de um CD
DESVANTAGEM - Preço relativamente elevado. Um DVD custa, em média, quatro vezes mais que um CD
CAPACIDADE - 4,7 gigabytes (suficiente para um filme de três horas ou 4 700 horas de música em MP3)
VCD
O QUE É - Sigla de video compact disc, um formato de compressão que permite a um CD armazenar mais arquivos do que normalmente guardaria
CAPACIDADE - Um filme de até duas horas e meia
VANTAGEM - Espreme dentro de um CD um arquivo de vídeo que só poderia ser armazenado em um DVD
DESVANTAGEM - A qualidade da imagem fica prejudicada. Dá para o gasto se for exibida em micros, mas não em televisores
O QUE É - Formato de compressão que permite reduzir o tamanho de arquivos de áudio. Exige computador ou MP3 player para tocar as músicas
CAPACIDADE - Um MP3 player guarda até 4 mil minutos de áudio
VANTAGEM - Ocupa pouco espaço e tem qualidade boa
DESVANTAGEM - Os MP3 players ainda são caros: os mais simples custam 500 reais
CD-ROM
O QUE É - CD multimídia produzido para computadores. "ROM" significa read only memory, ou "memória apenas para leitura"
CAPACIDADE - A mesma de um CD
VANTAGEM - Pode armazenar programas, imagens e sons
DESVANTAGEM - Arquivos multimídia com imagem só funcionam em computadores
BLU-RAY
O QUE É - Novo formato de DVD mais preciso que o convencional. Exige DVD player específico para ler o disco
CAPACIDADE - 27 gigabytes (13 horas de filmes)
VANTAGEM - Melhora a qualidade do som e vídeo e aumenta a capacidade de armazenamento do disco
DESVANTAGEM - Preço alto. Os primeiros aparelhos não saem por menos de 9 000 reais

Precisa-se - Isaac Libermann



Precisa-se - Isaac Libermann

De pessoas que tenham os pés na terra e a cabeça nas estrelas.
Capazes de sonhar, sem medo dos sonhos.
Tão idealistas que transformem seus sonhos em metas.
Pessoas tão práticas que sejam capazes de transformar suas metas em realidade.
Pessoas determinadas que nunca abram mão de construir seus destinos e arquitetar suas vidas.
Que não temam mudanças e saibam tirar proveito delas.
Que tornem seu trabalho objeto de prazer e uma porção substancial de realização pessoal.
Que percebam, na visão e na missão de suas vidas profissionais, de suas dedicações humanistas em prol da humanidade, um forte impulso para sua própria motivação.
Pessoas com dignidade, que se conduzam com coerência em seus discursos, seus atos, suas crenças e seus valores.
Precisa-se de pessoas que questionem, não pela simples contestação, mas pela necessidade íntima de só aplicar as melhores idéias.
Pessoas que mostrem sua face de parceiros legais. Sem se mostrarem superiores nem inferiores. Mas... iguais.
Precisa-se de pessoas ávidas por aprender e que se orgulhem de absorver o novo.
Pessoas de coragem para abrir caminhos, enfrentar desafios, criar soluções, correr riscos calculados. Sem medo de errar.
Precisa-se de pessoas que construam suas equipes e se integrem nelas.
Que não tomem para si o poder, mas saibam compartilhá-lo.
Pessoas que não se empolguem com seu próprio brilho. Mas com o brilho do resultado alcançado em conjunto.
Precisa-se de pessoas que enxerguem as árvores. Mas também prestem atenção na magia das florestas.
Que tenham percepção do todo e da parte.
Seres humanos justos, que inspirem confiança e demonstrem confiança nos parceiros.
Estimulando-os, energizando-os, sem receio que lhe façam sombra, mas sim se orgulhando deles.
Precisa-se de pessoas que criem em torno de si um ambiente de entusiasmo
De liberdade, de responsabilidade, de determinação,
De respeito e de amizade.
Precisa-se de seres racionais. Tão racionais que compreendam que sua realização pessoal está atrelada à vazão de suas emoções.
É na emoção que encontramos a razão de viver.
Precisa-se de gente que saiba administrar COISAS e liderar PESSOAS.
Precisa-se urgentemente de um novo ser.