Quem sou eu

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Posso ser séria, brincalhona, distraída, chata, abusada, legal,ótima, travosa (como diz um grande amigo) isso depende de você, de mim, do dia ou da situação. Quer mesmo saber quem sou eu? Precisa de mais proximidade. Gosto de ler e escrever, embora nem sempre tenha tempo suficiente para tais práticas. Gosto de tanta coisa e de tantas pessoas que não caberiam aqui se a elas fosse me referir uma por uma. Acho a vida um belo espetáculo sem ensaios onde passeamos dia a dia a procura da felicidade. Para falar mais de mim profissionalmente: Sou professora. Graduada em Letras-FAFICA. Atualmente estudo sobre Leitura Literária no Ensino Fundamental. Atuo no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

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sábado, 15 de setembro de 2012

Escolas ou presídios? MENELAU JUNIOR



Escolas ou presídios?
MENELAU JUNIOR

A tecnologia chegou à sala de aula. O governo estadual promete um tablet para cada aluno - como se isso significasse alguma coisa na aprendizagem. Encantados com os novos recursos, pais e alunos parecem inebriados diante da onda tecnológica que tomou conta do país. Mas antes que pensemos que tudo são maravilhas, façamos uma reflexão sobre um problema que se transformou em epidemia de fraudes: as "filas".
Não sejamos hipócritas: todos, um dia, filam - ou filaram. Pode ter sido um papelzinho com a fórmula de matemática, uma borracha com cálculos de física. Não importa: "filar" sempre fez parte do universo escolar. Mas o "crime" fugiu ao controle. Nossos adolescentes se tornaram peritos em fraudar os sistemas de avaliações - e os celulares e smartphones (e futuramente os tablets, claro!) se tornaram o principal aliado na tarefa de fazer professores, fiscais e coordenadores de bobos.
Os esquemas são tão ardilosos que já incomodam os honestos. Eles se revoltam com as notas altas de quem nunca estudou. E o que podem fazer as escolas? Algumas já andam utilizando detectores de metal - como se estivéssemos lidando com criminosos. Terrível? É, mas necessário. Professores e profissionais da educação têm de endurecer o jogo contra aqueles que nada estudam - a não ser novos métodos de obter resultados fraudulentos. Aos pais, cabe também o dever de apoiar as escolas no combate à fila desenfreada. Nossos jovens precisam ser orientados sobre os riscos sociais do hábito da desonestidade.
Não estou aqui falando da "olhadinha de lado" não. Estou me referindo a mensagens trocadas dentro de sala de aula, a provas fotografadas em celulares, a gabaritos enviados por alunos que já terminaram a prova. Estou aqui falando do hábito de ser desonesto, da exaltação da "esperteza", da busca pela maneira mais fácil de obter o que se quer.
É lamentável que tenhamos de ser "carrascos" nos dias de provas, retirando dos alunos todos os seus pertences e, em algumas escolas, tratando-os como criminosos em presídios. Mas parece não sobrar outra posição para os colégios. Vivemos uma crise de valores imensa - e isso inclui a extrema desonestidade de nossos jovens. À escola cabe o papel de educar? Sim, mas também o de punir. Megaesquemas de "fila" tomaram conta das grandes escolas - e os apetrechos eletrônicos contribuem exponencialmente para isso. Tudo que as instituições puderem fazer para coibir as fraudes me parece válido. Os honestos não se incomodam nem um pouco com medidas restritivas. Deixemos a pedagogia utópica de lado e sejamos mais práticos: escola não é delegacia, aluno não é bandido. Mas esquemas de fraudes são crimes. E têm de ser combatidos.

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