Quem sou eu

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Santa Cruz do Capibaribe/ Caruaru, NE/PE, Brazil
Posso ser séria, brincalhona, distraída, chata, abusada, legal,ótima, travosa (como diz um grande amigo) isso depende de você, de mim, do dia ou da situação. Quer mesmo saber quem sou eu? Precisa de mais proximidade. Gosto de ler e escrever, embora nem sempre tenha tempo suficiente para tais práticas. Gosto de tanta coisa e de tantas pessoas que não caberiam aqui se a elas fosse me referir uma por uma. Acho a vida um belo espetáculo sem ensaios onde passeamos dia a dia a procura da felicidade. Para falar mais de mim profissionalmente: Sou professora. Graduada em Letras-FAFICA. Atualmente estudo sobre Leitura Literária no Ensino Fundamental. Atuo no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

SEGUIDORES

quarta-feira, 30 de março de 2011

ESTAMOS COM FOME DE AMOR - ARNALDO JABOR

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão". Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos Orkut, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!".

Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.

Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.

Mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".

Antes idiota que infeliz!

domingo, 27 de março de 2011

Cisne Negro surpreende, assusta e seduz com arte e pesadelo


Desde o início é possível deduzir no que o filme se tornará no decorrer de sua trama: um pesadelo. Ambientado nos bastidores do prestigiado New York City Ballet, a trama gira em torno de Nina (Natalie Portman, aposta certa para o Oscar de Melhor Atriz), uma bailarina que se vê diante da chance de interpretar o papel principal em uma montagem de “O Lago dos Cisnes”, de Piotr Ilitch Tchaikovsky.

Insegura e sem amigos, Nina vive exclusivamente para a dança, sempre limitada à superproteção de sua mãe (a sumida Barbara Hershey, de “A Última Tentação De Cristo”). Pressionada por seu mentor e coreógrafo Thomas (Vincent Cassel, de “À Deriva”), Nina terá sua competência posta em xeque: sua fragilidade comprometeria a interpretação do papel que almeja, a Rainha dos Cisnes, visto que teria que interpretar simultaneamente o cisne branco (símbolo da pureza e ingenuidade) e o cisne negro (metáfora para a malícia, sensualidade e maldade).

O pesadelo da bailarina toma forma na figura de duas colegas de profissão: a veterana Beth (competente aparição de Winona Ryder), que foi forçada a abandonar a equipe por conta da idade, e a novata sedutora Lily (impressionante atuação de Mila Kunis, da série “That 70′s Show”). Enquanto Beth ilustra passado e futuro, Lily personifica o inimigo interno de Nina no presente.



sábado, 26 de março de 2011

Sábado, dia 26 de março, das 20h30 às 21h30. Apague as luzes para ver um mundo melhor.


A Hora do Planeta, conhecida globalmente como Earth Hour, é um ato simbólico no qual todos são convidados a mostrar sua preocupação com o aquecimento global. É uma iniciativa global da Rede WWF para enfrentar as mudanças climáticas.

Durante a Hora do Planeta, pessoas, empresas, comunidades e governo são convidados a apagar suas luzes pelo período de uma hora para mostrar seu apoio ao combate ao aquecimento global.

Em 2010, a Hora do Planeta foi um sucesso absoluto, com recordes estabelecidos no mundo e no Brasil. Globalmente, 105 nações, 4.211 cidades e 56 capitais nacionais aderiram. Já no Brasil, mais de três mil empresas, 579 organizações, três governos e 98 prefeituras participaram do movimento simbólico de alerta contra o aquecimento global e em favor da conservação de ecossistemas terrestres e aquáticos.

Junte-se a este movimento! Visite o site www.horadoplaneta.org.br e veja como participar!


A Hora do Planeta é um movimento de todos nós. Ela une cidades, empresas e indivíduos para demonstrar às lideranças mundiais - e, principalmente, para mostrar uns aos outros - que queremos uma solução contra o aquecimento global. É uma oportunidade única para nós, brasileiros, de nos unirmos com a comunidade global em uma única voz para deter as mudanças climáticas.

Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil

POUCA VOGAL (16/04) EM CARUARU

ADRIANA CALCANHOTTO EM BREVE EM CARUARU


Adriana Calcanhotto apresenta novo show em Caruaru

Agora é confirmado! A cantora porto-alegrense Adriana Calcanhoto pisa na terra de Vitalino para apresentar sua turnê “Trobar Nova”, marcado para o dia 20 de maio, no Maria José II Recepções.

Dona de clássicos como “Vambora”, “Esquadros” e “Mentiras”, Adriana promete um show com boas doses de “pedidos atendidos” do público presente. Além de suas composições de maior sucesso, a artista deve entoar canções como “Clandestino”, do músico francês Manu Chao, “Devolva-me”, dos compositores Renato Barros e Lilian Knapp e “Do Fundo do Meu Coração”, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.

Os fãs da cantora poderão apreciar um show de repertório maleável. Nada fixo ou automático. Sujeito a chuvas e trovoadas.

O MICRÓBIO DO SAMBA - NOVO CD DE ADRIANA CALCANHOTTO


FAIXAS DO CD:
1. Eu vivo a sorrir
2. Aquele plano para me esquecer
3. Pode se remoer
4. Mais perfumado
5. Beijo sem
6. Já reparô?
7. Vai saber?
8. Vem ver
9. Tão chic
10. Deixa, gueixa
11. Você disse não lembrar
12. Tá na minha hora


Batida do violão direciona novo CD de Adriana Calcanhotto
Marcus Preto

A cantora Adriana Calcanhotto posa para foto na cama de hotel em SP, durante entrevista sobre novo álbum


O violão é princípio, meio e fim de todo o trabalho.

Em "O Micróbio do Samba", oitavo álbum de Adriana Calcanhotto --contando aí o ao vivo "Público" (2000), também centrado no instrumento--, a violonista Adriana Calcanhotto é tão ou mais importante para o resultado artístico do que a cantora, do que a compositora.

Melhor: as três se misturam e se confundem.

Da batida do violão de Adriana nasceram as canções no quarto, os arranjos no estúdio e a impossibilidade dos shows no palco (por uma lesão na mão direita, ela está impedida de tocar e, por isso, cancelou toda a turnê).

Também vem dessa batida --e do título, roubado de frase do compositor Lupicínio Rodrigues (1914-1974)-- a ideia primeira de estarmos diante de um álbum de samba, simplesmente. Mas o negócio é mais complexo.

Adriana toca o violão baseando-se nos preceitos da bossa nova --o samba modernizado por João Gilberto-- e, por isso, seu ouvido "entende tudo como samba", ela mesma define.

"Não sou sambista. Sou alguém contaminada por esse micróbio", diz. "Ele estava incubado, implícito e sub-reptício nos outros discos. Mas, mesmo quando eu fazia baladas e tangos, pode saber que o samba estava ali."

Nada em "O Micróbio...", portanto, remete ao que vem sendo reconhecido como o samba dos anos 2000, o "ritmo exportação" da Lapa carioca, o samba reverente e recatado produzido por uma nova geração "estudiosa".

Tampouco as personagens que povoam as letras das 12 canções se prestam a esse papel passivo, comportado.

"O samba proporciona um negócio de você trabalhar por meio de vozes", diz. "Fiz um samba na voz de um homem, e de uma mulher para um homem, e de uma mulher para outra mulher. Esse é o ambiente do samba. E nem preciso ir à Lapa para isso."

TRANSAMBAS

Todas as canções nasceram em safra recente, iniciada em 2006, a partir de "Vai Saber?" _samba lançado por Marisa Monte em "Universo ao Meu Redor" que agora ganha versão autoral.

Mas aqui, até esse é menos samba. Encontra maior parentesco nas experiências de Caetano Veloso, em que rock é ingrediente fundamental. Os chamados transambas.

(O próprio Caetano diz que vai valorizar seu violão no próximo trabalho. Nisso, Calcanhotto se antecipou a ele.)

"Eu não pensei sobre isso, mas faz sentido", diz. "Cada vez que ouço o disco, ele me remete a algumas coisas. Penso muito em Jards Macalé. Tem o micróbio da bossa e a carga de influência dos meninos. É trans nesse sentido."

Os meninos são, na base de tudo, Domenico (Orquestra Imperial) na bateria e Alberto Continentino no baixo.

Mas também, em uma ou outra faixa, Rodrigo Amarante (Los Hermanos) na guitarra, Davi Moraes no cavaquinho, Moreno Veloso no prato-e-faca e Nando Duarte no violão de sete cordas.

Como Adriana não pode tocar violão por tempo indeterminado, "O Micróbio do Samba" inicia e encerra o ciclo da artista no assunto.

"Vou ter que inventar um novo jeito de fazer as canções", diz. "Estou encarando isso como uma oportunidade de sair da minha zona de conforto, da qual eu nunca sairia por vontade própria."

Ilustrada / Folha de São Paulo: 23/03/2011




domingo, 20 de março de 2011

"ALÉM DA BELEZA" - Conceição Gomes




“ALÉM DA BELEZA”

(Conceição Gomes)

Poderia ficar a tarde inteira

De um sol aconchegante

Entre árvores urbanas

Fugindo do asfalto

Que de tão cinza

Parece cada vez mais incolor.

Poderia ficar por longas horas

Apenas na contemplação,

Cortando vãs palavras

Que de tão pronunciadas

Não fazem a mínima diferença

Se pronunciadas.

Que impacto sua beleza!

Entre as mesmas cores

Multiplica-as

E elas já não são as mesmas.

Sua beleza que vai além do asfalto,

Além das palavras e das cores

Tornando esses elementos submissos...

Provoca todos os sentidos!

(Caruaru – 11/03/2011)

sábado, 19 de março de 2011

ME REVELAR - ZÉLIA DUNCAN

Gente bateu uma saudade de um monte de músicas.
Esse clip abaixo da Zélia Duncan - ME REVELAR é bem legal, sem contar que a letra da canção é linda demais. Enfim um presente para os nossos ouvidos.

Umas das canções do cd "Sortimento".

Clique e delicie-se

FILME: O DIA DA SAIA (TRAILER)


Minha dica: Gal Costa "AQUELE FREVO AXÉ"

Abaixo uma entrevista de quando a cantora Gal Costa estava lançando o Cd Aquele Frevo Axé.
é um belo cd. vale a pena conferir.

Para matar um pouquinho a saudade GIZ - LEGIÃO URBANA



Uma belíssima canção dessa banda que gosto demaisssssssss.
(do CD :O Descobrimento do Brasil)

Giz

Legião Urbana

Composição: Renato Russo / Dado Villa-Lobos / Marcelo Bonfá

E mesmo sem te ver
Acho até que estou indo bem
Só apareço, por assim dizer
Quando convém aparecer
Ou quando quero
Quando quero

Desenho toda a calçada
Acaba o giz, tem tijolo de construção
Eu rabisco o sol que a chuva apagou
Quero que saibas que me lembro
Queria até que pudesses me ver
És parte ainda do que me faz forte
E, pra ser honesto,
Só um pouquinho infeliz...

Mas tudo bem
Tudo bem, tudo bem... (2x)
Lá vem, lá vem, lá vem
De novo...
Acho que estou gostando de alguém
E é de ti que não me esquecerei

(Quando quero....
Quando quero...
Quando quero...
Eu rabisco o sol que a chuva apagou...
Acho que estou gostando de alguém...)

O VII Colóquio Nacional Representações de Gênero e de Sexualidades (UEPB 14 A 16 DE Junho)

Pessoal para quem se interessar já é bom ir olhando o site, vendo as datas, as linhas de pesquisa, etc.

Sobre o evento :

O VII Colóquio Nacional Representações de Gênero e de Sexualidades tem como
objetivo central propiciar a troca de conhecimentos em áreas multidisciplinares em
especial Literatura, Teoria da Literatura, Crítica Literária, Linguística, Cinema, História,
Sociologia, Comunicação, Educação com a finalidade de levar não só aos professores
universitários como também aos mestrandos, doutorandos e alunos dos cursos de
graduação propostas teóricas vigentes e atualizadas no cruzamento de saberes nas áreas
em questão. São também objetivos do evento: divulgar pesquisas realizadas no País nas
referidas áreas do conhecimento; estimular e desenvolver a troca de conhecimentos
entre professores e alunos a partir das conferências oferecidas; refletir sobre os lugares
dos estudos de gênero e de sexualidades nas agendas contemporâneas.


Visite o site do evento para maiores informações: www.genero2011.com.br

sexta-feira, 18 de março de 2011

SITE do ALTO DO MOURA


http://altodomoura.com/

SEMANA SANTA EM CARUARU

Confira a programação da Semana Santa em Caruaru

Polo: Feira de Artesanato – Palco 1

16 Sábado

10:00 Derso Luiz

12:30 Renilda Cardoso

17 Domingo

10:00 Fogo e Forró

12:30 Edson do Acordeon

20 Quarta

10:00 Banda Casca e Nó

12:30 Jucélio Vilela

15:00 Leonora Moreno

21 Quinta

10:00 Banda Cheiro de Sanfona

12:30 Léo Domingos

22 Sexta

10:00 Tony Moratto

12:30 Bem-Te-Ví e Estrela da Poesia

14:00 Banda Boneco de Barro

23 Sábado

10:00 Matutos do Forró

12:30 Bem-Te-Víe Estrela da Poesia

14:00 Marlene do Forró

Polo: Feira de Artesanato – Palco 2

16 Sábado

10:00 Trio Santa Rosa

13:00 Banda de Pífanos Dois Irmãos

17 Domingo

10:00 Trio Café com Leite

13:00 Banda de Pífanos Flor de Taquary

20 Quarta

10:00 Trio Alecrim

13:00 Banda de Pífanos Alvorada

21 Quinta

10:00 Trio Fogo de Lenha

13:00 Banda de Pífanos Cultural

22 Sexta

10:00 Trio Forró Chamegado

13:00 Banda de Pífanos Princesa do Agreste

23 Sábado

10:00 Trio Tabajara

13:00 Banda de Pífanos Zé do Estado

Polo: Estação Ferroviária

20 Quarta

Abertura da 2º Semana de Fotografia de Caruaru

20:00 Exposição dos trabalhos de 40 fotógrafos de Caruaru

21 Quinta e 22 Sexta

20:00 Espetáculo Cânticos da Paixão

Local:Pátio da 22ªCSM, Rua Belmiro Pereira S/N

20 a 23 Feira de Artes da Estação Ferroviária

19:00 às 23:00 Comercialização de produtos artesanais

20 a 23 Galpão das Artes

19:00 às 23:00 Exposição coletiva de artes plásticas–Telas de 40 artistas da região

20 a 23 Stand promocional da associação das comidas gigantes de caruaru

Horário:20h

Programação musical a partir das 21h

20 Quarta

Iram Palmeira

Brasas do Forró

21 Quinta

TheBlues

Gabriela Ariadne

Luis e Davi

22 Sexta

Forró dos Firmas

Banda Soxoteá

Banda Cavaleiros do Forró

23 Sábado

Erisson Porto

Ortinho

Zélia Duncan

Polo: Alto do Moura

Espetáculo da Paixão de Cristo

Participação de 50 artesãos do Alto do Moura

Data: 22 e 23

Local: Praça Mestre Vitalino –Alto do Moura

Horário: 20h

Casa Museu Mestre Vitalino

21 Quinta

13:00 Banda de Pífanos Princesa do Agreste

22 Sexta

13:00 Banda de Pífanos Zé do Estado

23 Sábado

13:00 Banda de Pífanos Flor de Taquary

domingo, 13 de março de 2011

Mariana Aydar (descobri hoje)

Entrevista com Mariana Aydar from Saraiva Conteúdo on Vimeo.

FACEBOOK

Facebook está se tornando uma das maiores causas de divórcio nos EUA

Advogados estão usando a rede social como fonte de evidências para processos de separação

De cada 5 advogados, 4 relatam aumento nos casos de separação relacionados com a rede

Advogados especializados em divórcio nos EUA estão observando um fenômeno interessante: boa parte dos casais que pedem separação estão começando a apontar o Facebook como causa do fim do casamento.

Segundo o jornal The Guardian, mesmo com as taxas de divórcio permanecendo estáveis nos últimos anos, os advogados e acadêmicos especializados em separação começam a apontar o Facebook como principal causa dos problemas de relacionamento que levam ao divórcio. O fenômeno está levando advogados a pedir acesso às páginas dos seus clientes nas redes sociais antes de começar o processo judicial de separação.

Uma pesquisa conduzida pela Academia Americana de Advogados Matrimoniais (AAML, na sigla em inglês), descobriu que de cada cinco advogados, quatro citaram aumento nos casos de pedidos de divórcio causados por redes sociais, com o Facebook à frente.

Um dos fatores causadores de divórcios são as contradições entre o discurso de uma das partes do casal e seu comportamento nas redes sociais. Um exemplo presente entre as estatísticas da AAML é o de pessoas que negam para seus cônjuges que consomem drogas ilícitas, mas na rede social falam abertamente sobre o uso de maconha. Isso pode pesar inclusive na disputa pela guarda dos filhos, segundo o estudo.

Conexões com velhos amigos dos tempos do colégio aliada à fragilidade do casamento atual é outro exemplo de “destruidor de lares” citado por especialistas como o psicólogo e conselheiro matrimonial Dr. Steven Kimmons: “se esse velho conhecido está disponível afetivamente as conexões podem se tornar mais ativas”, diz Kimmons. Mas considerando que o número de pedidos de divórcio continua estável, pode-se inferir que o uso do Facebook – ou qualquer outra rede social - não é a causa do divórcio. Trata-se apenas de um possível agravante em uma relação que já não vai bem.

Um portavoz da rede social diz ser “ridículo sugerir que o Facebook leva ao divórcio”. Para ele, “seja em um casamento ou um divórcio, o Facebook é apenas um meio das pessoas se comunicarem, como cartas, telefonemas ou emails”.

Fonte: The Guardian

I Encontro de História e Cultura de Pernambuco na FAFICA - CARUARU(05 a 08 de Abril)


Para maiores informações e inscrições acesse:

http://www.ehcp.fafica.com/index.php

sábado, 12 de março de 2011

Novo álbum de Adriana Calcanhotto sai em março


agora é a vez de Adriana Calcanhoto cair no samba. Sai no próximo dia 21 de março Micróbio do Samba, o novo álbum da cantora e compositora gaúcha. O repertório traz doze faixas, todas de autoria de Adriana. A maioria é inédita.

A única música conhecida é Beijo Sem, gravada por Teresa Cristina em dueto com Marisa Monte. O novo álbum da cantora também será lançado em Portugal.

Mulheres da Literatura e alguns fragmentos para pensar!

BULLYING NÃO TEM GRAÇA

sexta-feira, 11 de março de 2011

quinta-feira, 10 de março de 2011

BUENOS AIRES, CAPITAL MUNDIAL DO LIVRO 2011

A ONU, na sua Conferência Geral para a Educação, a Ciência e a Cultura, de 1996, estabeleceu o dia 23 de Abril como o “Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais” [Em memória de dois nomes decisivos da Literatura universal – William Shakespeare e Miguel de Cervantes]. Esta celebração, propiciadora de uma atenção multiplicada à descoberta do prazer de ler, tornou inevitável a nomeação de uma “Capital Mundial do Livro” que, todos os anos, confere a uma cidade diferente a possibilidade de se destacar pela via da promoção da leitura e do livro.
Em 2009, a cidade de Buenos Aires apresentou a sua candidatura, baseada na ideia comummente aceite de que se trata de uma cidade de livros, de livrarias e de múltiplas actividades em seu redor.

Em Junho de 2009, o Comité de Selecção da Capital do Livro, que integra os representantes da Unesco, da Associação Internacional de Editores [IPA], a Federação Internacional de Livreiros [IBF] e a Federação Internacional de Associações de Bibliotecas [IFLA] nomeou a cidade de Buenos Aires como Capital Mundial do Livro de 2011.

Em reforço à sua já intensa actividade cultural, [ há mais de 300 livrarias por toda a cidade que tem uma rede de 28 Bibliotecas Públicas; há programas municipais de incentivo à leitura cujo paradigma é “Yo Leo en el Bar” com um conjunto identificado de cafés que aderem à iniciativa da troca de livros e de leituras; um esquema idêntico mas cujo destinário são as crianças funciona em esquema alargado pelos parques infantis da cidade, etc] durante este ano estão programados numerosos eventos de cariz literário, como seminários, debates, tertúlias literárias, leitura digital, semanas das livrarias, festivais de literatura fantástica, leituras públicas…

Comemoração para o dia da Mulher na Cidade de Caruaru durante o Mês de Março (Uma das atrações no dia 18/03 será Rogéria Santtos)


Dia da Mulher é comemorado durante todo o mês em Caruaru

Entrega de prêmios e apresentações artísticas estão na programação

A Secretaria Especial da Mulher da Prefeitura de Caruaru lançou na última terça-feira (1), na Câmara de Vereadores, a campanha comemorativa ao Dia Internacional da Mulher. Com o tema Mulheres Livres: Todo Casulo Fica pra Trás, faz referência às lagartas, que largam os casulos para transformarem-se em borboletas livres.

A mobilização faz parte do plano de ação da secretaria contra a violência doméstica e sexista, que resultou numa redução de 85,71% no número de homicídios em Caruaru, entre 2006 e 2010, quando o registro anual de assassinatos contra a mulher caiu de 14 para duas mortes.

De acordo com a secretária Louise Caroline, a ideia da campanha é desenvolver todas as ações com a participação efetiva da população. “Nossa secretaria espera contar com a presença não só de mulheres, como também de homens, sensibilizados com a luta contra a violência doméstica”, frisou.

O tema liberdade será debatido com toda a sociedade, envolvendo sindicatos, associações, empresas e escolas, juntamente com lançamento de cartilha educativa, capacitação da rede municipal de saúde, entrega de prêmios, além de apresentações artísticas, shows e exposições no Marco Zero.


Confira abaixo a programação completa:

01 de março – terça-feira
20h – Lançamento da Campanha
Local: Câmara de Vereadores

02 de março – quarta-feira
19h30 Debate sobre Liberdade Sexual em instituição de ensino

15 de março – terça-feira
19h30 – Apresentação do espetáculo “A Catita”, com o grupo teatral Loucas de Pedra Lilás em instituição de ensino

16 de março (quarta-feira)
Lançamento da Cartilha de Saúde
Local: Clínica da Mulher

18 de março (sexta-feira)
20h – Encontro de Cumadres
Uma das atraçoes da Noite será a catora e compositora: Rogéria Santtos

20 de março (domingo)
Dia da Cidadania no 3º Distrito

22 de março (terça-feira)
Ação na Feira da Sulanca

23 e 24 de março (quarta/quinta-feira)
Oficina para rede municipal de saúde
Local: Clínica da Mulher

30 de março (quarta-feira)
Ação na CEACA

31 de março (quinta-feira)
19h – Entrega do prêmio do concurso de redação sobre Lei Maria da Penha


A programação pode sofrer alterações mediante últimas confirmações das instituições parceiras. Além da programação oficial, existe uma série de outras atividades que a Secretaria Especial da Mulher participará, mas que a organização deve-se a outras instituições.



Com informações da Assessoria
Da redação Caruaru360Graus
(Adpatações feita pr C. Gomes)

MARIA BETHÂNIA


Cultura

Maria Bethânia planeja lançar box com sua obra
Material de inéditas está sendo pesquisado para complementar acervo

Depois do sucesso do DVD 'Amor Festa Devoção', de 2010, a cantora Maria Bethânia estaria planejando relançar toda sua coleção de álbuns em edição especial, separada em três caixas, pela gravadora Universal.

O acervo dos selos Sony Music e Biscoito Fino - gravadoras pelas quais passou antes de assinar contrato com a Universal - estão sendo vasculhados para encontrar material inédito, que entrariam como bônus nessa edição de colecionador. A caixa ainda não tem previsão de lançamento.

Em março, Bethânia tem shows agendados em Belo Horizonte (dias 18 e 19), no Teatro Dom Silvério, e em São Paulo (29, 30 e 31) no Teatro FAAP.

http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2011/03/09/maria-bethania-planeja-lancar-box-com-sua-obra/

BIBLIOTECA MINDLIN José Ephim Mindlin (São Paulo, 8 de setembro de 1914 — São Paulo, 28 de fevereiro de 2010) foi um advogado, empresário e bibliófilo

RESTOS DE CARNAVAL - CLARICE LISPECTOR


Não, não deste último carnaval. Mas não sei por que este me transportou para a minha infância e para as quartas-feiras de cinzas nas ruas mortas onde esvoaçavam despojos de serpentina e confete. Uma ou outra beata com um véu cobrindo a cabeça ia à igreja, atravessando a rua tão extremamente vazia que se segue ao carnaval. Até que viesse o outro ano. E quando a festa já ia se aproximando, como explicar a agitação que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate. Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas. Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim. Carnaval era meu, meu.No entanto, na realidade, eu dele pouco participava. Nunca tinha ido a um baile infantil, nunca me haviam fantasiado. Em compensação deixavam-me ficar até umas 11 horas da noite à porta do pé de escada do sobrado onde morávamos, olhando ávida os outros se divertirem. Duas coisas preciosas eu ganhava então e economizava-as com avareza para durarem os três dias: um lança-perfume e um saco de confete. Ah, está se tornando difícil escrever. Porque sinto como ficarei de coração escuro ao constatar que, mesmo me agregando tão pouco à alegria, eu era de tal modo sedenta que um quase nada já me tornava uma menina feliz.E as máscaras? Eu tinha medo, mas era um medo vital e necessário porque vinha de encontro à minha mais profunda suspeita de que o rosto humano também fosse uma espécie de máscara. À porta do meu pé de escada, se um mascarado falava comigo, eu de súbito entrava no contato indispensável com o meu mundo interior, que não era feito só de duendes e príncipes encantados, mas de pessoas com o seu mistério. Até meu susto com os mascarados, pois, era essencial para mim.Não me fantasiavam: no meio das preocupações com minha mãe doente, ninguém em casa tinha cabeça para carnaval de criança. Mas eu pedia a uma de minhas irmãs para enrolar aqueles meus cabelos lisos que me causavam tanto desgosto e tinha então a vaidade de possuir cabelos frisados pelo menos durante três dias por ano. Nesses três dias, ainda, minha irmã acedia ao meu sonho intenso de ser uma moça - eu mal podia esperar pela saída de uma infância vulnerável - e pintava minha boca de batom bem forte, passando também ruge nas minhas faces. Então eu me sentia bonita e feminina, eu escapava da meninice.Mas houve um carnaval diferente dos outros. Tão milagroso que eu não conseguia acreditar que tanto me fosse dado, eu, que já aprendera a pedir pouco. É que a mãe de uma amiga minha resolvera fantasiar a filha e o nome da fantasia era no figurino Rosa. Para isso comprara folhas e folhas de papel crepom cor-de-rosa, com os quais, suponho, pretendia imitar as pétalas de uma flor. Boquiaberta, eu assistia pouco a pouco à fantasia tomando forma e se criando. Embora de pétalas o papel crepom nem de longe lembrasse, eu pensava seriamente que era uma das fantasias mais belas que jamais vira.Foi quando aconteceu, por simples acaso, o inesperado: sobrou papel crepom, e muito. E a mãe de minha amiga - talvez atendendo a meu mudo apelo, ao meu mudo desespero de inveja, ou talvez por pura bondade, já que sobrara papel - resolveu fazer para mim também uma fantasia de rosa com o que restara de material. Naquele carnaval, pois, pela primeira vez na vida eu teria o que sempre quisera: ia ser outra que não eu mesma.Até os preparativos já me deixavam tonta de felicidade. Nunca me sentira tão ocupada: minuciosamente, minha amiga e eu calculávamos tudo, embaixo da fantasia usaríamos combinação, pois se chovesse e a fantasia se derretesse pelo menos estaríamos de algum modo vestidas - àidéia de uma chuva que de repente nos deixasse, nos nossos pudores femininos de oito anos, de combinação na rua, morríamos previamente de vergonha - mas ah! Deus nos ajudaria! não choveria! Quando ao fato de minha fantasia só existir por causa das sobras de outra, engoli com alguma dor meu orgulho que sempre fora feroz, e aceitei humilde o que o destino me dava de esmola.Mas por que exatamente aquele carnaval, o único de fantasia, teve que ser tão melancólico? De manhã cedo no domingo eu já estava de cabelos enrolados para que até de tarde o frisado pegasse bem. Mas os minutos não passavam, de tanta ansiedade. Enfim, enfim! Chegaram três horas da tarde: com cuidado para não rasgar o papel, eu me vesti de rosa.Muitas coisas que me aconteceram tão piores que estas, eu já perdoei. No entanto essa não posso sequer entender agora: o jogo de dados de um destino é irracional? É impiedoso. Quando eu estava vestida de papel crepom todo armado, ainda com os cabelos enrolados e ainda sem batom e ruge - minha mãe de súbito piorou muito de saúde, um alvoroço repentino se criou em casa e mandaram-me comprar depressa um remédio na farmácia. Fui correndo vestida de rosa - mas o rosto ainda nu não tinha a máscara de moça que cobriria minha tão exposta vida infantil - fui correndo, correndo, perplexa, atônita, entre serpentinas, confetes e gritos de carnaval. A alegria dos outros me espantava.Quando horas depois a atmosfera em casa acalmou-se, minha irmã me penteou e pintou-me. Mas alguma coisa tinha morrido em mim. E, como nas histórias que eu havia lido, sobre fadas que encantavam e desencantavam pessoas, eu fora desencantada; não era mais uma rosa, era de novo uma simples menina. Desci até a rua e ali de pé eu não era uma flor, era um palhaço pensativo de lábios encarnados. Na minha fome de sentir êxtase, às vezes começava a ficar alegre mas com remorso lembrava-me do estado grave de minha mãe e de novo eu morria.Só horas depois é que veio a salvação. E se depressa agarrei-me a ela é porque tanto precisava me salvar. Um menino de uns 12 anos, o que para mim significava um rapaz, esse menino muito bonito parou diante de mim e, numa mistura de carinho, grossura, brincadeira e sensualidade, cobriu meus cabelos já lisos de confete: por um instante ficamos nos defrontando, sorrindo, sem falar. E eu então, mulherzinha de 8 anos, considerei pelo resto da noite que enfim alguém me havia reconhecido: eu era, sim, uma rosa.
in "Felicidade Clandestina" - Ed. Rocco - Rio de Janeiro, 1998 Clarice Lispector

terça-feira, 8 de março de 2011

08 DE MARÇO DIA INTERNACIONAL DA MULHER, MUITO MAIS QUE MIMOS E PRESENTES...



CONTEXTO HISTÓRICO

O Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de Março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por “Pão e Paz” – por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto.

No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado no início do século, até a década de 1920.

Na antiga União Soviética, durante o stalinismo, o Dia Internacional da Mulher tornou-se elemento de propaganda partidária.

Nos países ocidentais, a data foi esquecida por longo tempo e somente recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960. Na atualidade, a celebração do Dia Internacional da Mulher perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e comercial. Nessa data, os empregadores, sem certamente pretender evocar o espírito das operárias grevistas do 8 de março de 1917, costumam distribuir rosas vermelhas ou pequenos mimos entre suas empregadas.

1975 foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e, em Dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres, mas também a discriminação e a violência a que muitas delas ainda são submetidas em todo o mundo.

Abaixo mais um texto para nossa Reflexão


Dia Internacional da Mulher

Laurita Vaz*

Para falar sobre a situação da mulher no Brasil se faz necessário, primeiramente, entender o contexto social no qual ela está inserida.

Num país como o Brasil, cuja marca registrada é justamente os contrastes e as extremas diferenças, é muito difícil tecer considerações generalizadas que reflitam a realidade de qualquer classe de pessoas.

Percebe-se que, nas últimas décadas, a mulher brasileira vem conquistando seu espaço na sociedade, com perseverança, dedicação, disciplina, competência, responsabilidade, sabedoria e sacrifícios.

Para as novas gerações, hoje, não é concebível sequer cogitar da exclusão da mulher do cenário social e político da nação. Contudo, é bom lembrar que o simples ato de votar é um direito fundamental que só foi conquistado, e com grande resistência, em 1934, quando tudo que a sociedade esperava da mulher brasileira era a total dedicação às tarefas domésticas e criação da prole.

O desate das amarras que a prendiam, submissa, junto aos deveres do lar passou pela elevação, de forma crescente nos últimos anos, do seu grau de escolaridade. Muitos espaços, antes restritos aos homens, foram, aos poucos, sendo ocupados pelas mulheres, mas não sem luta e sacrifícios.

Ainda hoje se espera da mulher, de forma ostensiva ou disfarçada, a mesma dedicação aos afazeres domésticos. As mulheres, nessa situação, têm que se desdobrar para cumprir dupla jornada: uma no exigente mercado de trabalho, onde sempre precisam renovar a prova de sua capacidade, e outra em casa. Alguns homens, nesse contexto, vivem uma certa "crise de identidade": não detêm mais a exclusividade do papel de provedor e, ainda, se veem chamados a colaborar em atividades domésticas que antes não eram da sua incumbência.

Essa reacomodação de papéis, creio, ainda vai durar algumas décadas. Enquanto isso, se vê um certo desconforto entre homens e mulheres, que não sabem, com certeza, se estão cumprindo bem o seu papel nos grupos sociais aos quais pertencem, o que, frequentemente, gera uma série de angústias e frustrações.

É inegável, contudo, a franca ascensão das mulheres na sociedade brasileira, galgando importantes cargos nos altos escalões do Governo Federal e nos Estados, e na iniciativa privada. Há também mulheres desempenhando sua atividade laboral nas forças armadas e forças auxiliares, comandando aeronaves comerciais, conduzindo ônibus, caminhões e táxis, dirigindo grandes empresas, mercado antes exclusivo dos homens. Na política, elegemos a primeira mulher para a presidência da república. No parlamento, embora ainda tímida a participação, as mulheres estão marcando presença, com 12 senadoras e 47 deputadas na atual legislatura. No Poder Judiciário, um dos mais apegados à tradição, as mulheres vêm rompendo antigas barreiras: há duas magistradas, entre onze, no Supremo Tribunal Federal; no Superior Tribunal de Justiça, somos cinco em trinta e três; no Tribunal Superior Eleitoral, duas em sete; no Tribunal Superior do Trabalho, cinco em dezessete; e há muitas Desembargadoras e Juízas na Justiça Estadual e Federal.

Conquistas importantes para a mulher brasileira foram concretizadas também no ordenamento jurídico, valendo ressaltar a Constituição Federal de 1988 (clique aqui), que enuncia a igualdade de tratamento, sem distinção de sexo; o Novo Código Civil Brasileiro, lei 10.406/02 (clique aqui), que reafirma o princípio da igualdade nas relações conjugais em vários de seus dispositivos, adotando a nova concepção de família dada pela Constituição Federal, fundada nos princípios igualitários e democráticos, em que se preconiza a direção conjunta da sociedade conjugal e administração dos bens comuns, além da igualdade no exercício do poder familiar; a lei 11.340/06 (clique aqui), apelidada "Lei Maria da Penha", é mais um importante marco no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher.

Outro aspecto a ser refletido diz respeito aos salários da iniciativa privada. Verifica-se a discriminação em desfavor das mulheres que, nas mesmas condições de trabalho, no mesmo nível de formação, acabam ganhando menos que os homens. O mercado empresarial ainda não cedeu totalmente à nova realidade.

Como todo processo sociológico, pela própria natureza, não se tem resultados do dia para a noite, razão pela qual se deve sempre exaltar o progresso, criticar as injustiças e trabalhar pelas mudanças.

Esse progresso sociológico a que me referi, infelizmente, não é ainda a realidade de muitas mulheres deste país, mormente quando se olha para as classes mais baixas, em que mulheres ainda são vítimas de maus tratos, violências, opressão e discriminações. Para elas o tempo parece correr bem mais devagar.

Dados estatísticos frequentemente lembrados em datas comemorativas revelam percentuais tristes, que denigrem a imagem do Brasil. A cada 15 segundos uma mulher é espancada no Brasil. A bebida alcoólica, o ciúme e o machismo, nesta ordem decrescente, são as maiores causas de violência contra a mulher. Outro dado vergonhoso, digno de repúdio: 43% das mulheres do país já sofreram algum tipo de violência, física ou psíquica.

Por essas e outras, nosso grande país ainda é marcado pelos contrastes. Muitas mulheres ainda não vivem a plenitude da liberdade e igualdade de oportunidades. Essas mulheres desprotegidas, violentadas, vítimas de todas as formas de agressões, sem grau de instrução, sem trabalho digno e sem salário, sem rumo e sem horizontes, necessitam da ajuda das autoridades constituídas e da ajuda da comunidade. É necessário abrir trilhas, buscar as veredas, encontrar soluções, fazer com que essas mulheres, que são o esteio do lar, a estrutura da família, possam viver plenamente sua cidadania e serem mais felizes.

Nesta data, em que se comemora a Mulher, espera-se que essas bravas lutadoras, que são o esteio do lar, a estrutura da família, possam viver plenamente sua cidadania e serem mais felizes. Em tempo, as diferenças discriminatórias entre homens e mulheres devem ser superadas, mas as diferenças naturais devem ser valorizadas.

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*Ministra do STJ





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