Quem sou eu

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Posso ser séria, brincalhona, distraída, chata, abusada, legal,ótima, travosa (como diz um grande amigo) isso depende de você, de mim, do dia ou da situação. Quer mesmo saber quem sou eu? Precisa de mais proximidade. Gosto de ler e escrever, embora nem sempre tenha tempo suficiente para tais práticas. Gosto de tanta coisa e de tantas pessoas que não caberiam aqui se a elas fosse me referir uma por uma. Acho a vida um belo espetáculo sem ensaios onde passeamos dia a dia a procura da felicidade. Para falar mais de mim profissionalmente: Sou professora. Graduada em Letras-FAFICA. Atualmente estudo sobre Leitura Literária no Ensino Fundamental. Atuo no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

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quarta-feira, 2 de março de 2011

MARIA GADÚ

Ainda tem muito que crescer

Diário de Pernambuco - Edição de quarta-feira, 2 de março de 2011

Segundo disco e primeiro DVD de Maria Gadú vão pouco além de um Ao Vivo, com os mesmos temas


Maria Gadú lança o segundo CD (e primeiro DVD) com a chancela do canal pago Multishow. Depois de estourar com disco que emplacou várias canções em trilhas de novelas, ao mesmo tempo (é claro que não foi por acaso), a moça parece se confirmar como um produto e tanto na mão de executivos espertos, sedentos de fórmulas para enfrentar a tão decantada ´crise do CD`. O segundo disco, como era de se esperar tão pouco tempo depois da estreia, vai pouco além de um Ao vivo com os mesmos temas, quase todos de autoria da própria intérprete. E é aí que a coisa complica. Maria Gadú tem talento, sabe cantar com graça, tem timbre interessante e original, exibe um jeito pop meio largado e charmoso, mas em matéria de composição ainda tem muito que crescer. Como ela mesma confessa, suas canções foram compostas na adolescência. Não precisava dizer.


No novo álbum, Gadú trocou Caetano por Leandro Léo Foto: Marcos Hermes/Divulgação
Os novos produtos, sobretudo o DVD, mostram que o investimento está sendo alto. Show bem produzido, com banda para dar uma força no violãozinho de bar, cenário e iluminação de superprodução (com tudo de excesso e mesmice que o rótulo significa). Maria Gadú conquistou mais respeito ainda depois que começou a dividir o palco com Caetano Veloso, mas no disco e DVD Ao vivo traz para a cena Leandro Léo e companhia. Não chega a configurar o retrato de uma nova geração da MPB, mas uma ação entre amigos.

O DVD com 22 faixas, cinco a mais que o CD, acaba dando mais espaço para a intérprete, que emenda Amy Winehouse a Noel Rosa, ataca de Adoniran Barbosa e traz um pouco do rock dos anos 1980 em ritmo de barzinho. Os extras ficaram para as faixas com participação dos companheiros, com passagens de estúdio pouco caprichadas. Faltou material realmente inédito e revelador.

A cantora, muito jovem, precisa frear a pressa e segurar a mão para não se queimar em superexposição. Está na hora de ir além da promessa e cumprir algumas expectativas. Novas canções próprias e leituras originais são imprescindíveis para dar continuidade à carreira. Shimbalaiê pode ter seu lugar, como uma dessas músicas feitas para o público cantar junto e dar uma esquentada no show. Mas não pode ser base do repertório de uma artista de verdade. Está na hora de Gadú se voltar mais para a música e costurar para dentro antes de retornar com produtos como remix, ao vivo ou acústico. (João Paulo)

http://www.diariodepernambuco.com.br/2011/03/02/viver2_1.asp


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