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Posso ser séria, brincalhona, distraída, chata, abusada, legal,ótima, travosa (como diz um grande amigo) isso depende de você, de mim, do dia ou da situação. Quer mesmo saber quem sou eu? Precisa de mais proximidade. Gosto de ler e escrever, embora nem sempre tenha tempo suficiente para tais práticas. Gosto de tanta coisa e de tantas pessoas que não caberiam aqui se a elas fosse me referir uma por uma. Acho a vida um belo espetáculo sem ensaios onde passeamos dia a dia a procura da felicidade. Para falar mais de mim profissionalmente: Sou professora. Graduada em Letras-FAFICA. Atualmente estudo sobre Leitura Literária no Ensino Fundamental. Atuo no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Adriana Calcanhotto virou boneca e põe Partimpim para cantar em Tlês

Repertório reúne inéditas da gaúcha e clássicos de Caymmi, Chico, Gonzaguinha e Jorge Ben Jor, entre outros
Portal Uai - Associados
Publicação: 21/10/2012 19:30 Atualização: 21/10/2012 20:41
Cantora Adriana Calcanhotto volta a ser Adriana Partimpim, pela terceira vez. Foto: Catarina Henriques/Divulgação
Cantora Adriana Calcanhotto volta a ser Adriana Partimpim, pela terceira vez. Foto: Catarina Henriques/Divulgação
Enquanto Adriana Calcanhotto segue com a vitoriosa turnê do CD O micróbio do samba, registrada no surpreendente DVD Micróbio vivo, Adriana Partimpim está de volta ao disco com Tlês. Provavelmente o mais denso da série – ainda que o segundo CD inclua O trenzinho do caipira, de Villa-Lobos –, o novo trabalho infantojuvenil da cantora gaúcha prima novamente pela qualidade.

Apenas para ter ideia do repertório, vale ressaltar que ele traz duas pérolas de Dorival Caymmi: Tia Nastácia, da trilha do seriado Sítio do Pica-Pau Amarelo, e Acalanto, com direito a vocalise poderoso de Alice Caymmi, neta do mestre. A filha de Danilo Caymmi, coincidentemente, estreia promissora carreira solo fonográfica.

O repertório não é o único detalhe primoroso do terceiro disco de Partimpim. A banda é destaque à parte: praticamente coautora do projeto, lançado por Adriana Partimpim em 2004, a formação reúne Davi Moraes, Domenico Lancellotti, Alberto Continentino, Berna Ceppas, Moreno Veloso e Pedro Moraes. Agora recebeu o reforço de Rodrigo Amarante (Los Hermanos).

Dá para imaginar a festa em que se transformou o estúdio durante as gravações. Dos instrumentos tradicionais – guitarra, baixo, violão e piano – aos mais contemporâneos, o que inevitavelmente inclui sintetizadores, o disco, com seus arranjos criativos, é um prazer para ouvintes de todas as idades.

Entre as boas canções, destacam-se as de ninar. Há inéditas (Salada russa, de Partimpim com letra de Paula Toller; Por que os peixes falam francês?, de Alberto Continentino e Domenico Lancellotti; e Também vocês, de João Callado e Partimpim) e regravações (Taj Mahal, de Jorge Ben Jor; Lindo lago do amor, de Gonzaguinha; O pato, de Jayme Silva e Nelson Teixeira; Criança crionça, de Cid e Haroldo Campos; Passaredo, de Francis Hime e Chico Buarque; e De onde vem o baião, de Gilberto Gil, entre outras).

A ideia inicial de Partimpim – heterônimo de Adriana Calcanhotto – era gravar um disco de músicas de ninar, com destaque para Acalanto, de Caymmi. “Acontece que fiquei muito acordada, muito animada para brincar, e aí fui gostando daquelas canções que já existiam”, explica Partimpim, bem ao modo das crianças, a quem o trabalho é destinado.

Posteriormente, ela percebeu que a maioria do repertório falava de bichos (menos De onde vem o baião, de Gilberto Gil). Amadurecida, Adriana Partimpim – que agora se tornou boneca, em bela criação de Clara Zuñiga – não tem planos de fazer shows com Tlês. Com certeza, vai deixar a garotada temporariamente triste. Mas a garantia de qualidade musical permanece.

Bairro do Recife ganha megaexposição permanente de artesanato

 Centro de Artesanato de Pernambuco passa a funcionar diariamente, ao lado do Marco Zero, com obras de 500 artistas


Tatiana Meira
Publicação: 25/09/2012 19:55 Atualização: 26/09/2012 15:23
Parte de trás do prédio tem parede de vidro com vista para o mar. Foto: Nando Chiapetta/ DP. D.A.Press
Parte de trás do prédio tem parede de vidro com vista para o mar. Foto: Nando Chiapetta/ DP. D.A.Press

O Centro de Artesanato de Pernambuco finalmente abriu as portas ocupando todo o Armazém 11, ao lado da Praça do Marco Zero, no Bairro do Recife, com números impressionantes.

Foram investidos R$ 6,5 milhões no espaço, que conta em sua área construída de 2 mil e 511 metros quadrados com 16 mil peças de 500 artesãos de Pernambuco. Os produtos comercializados na loja vão desde pequenos suvenires até peças de maior valor agregado, por serem assinadas por mestres como Manoel Eudócio, Thiago Amorim, Ana das Carrancas ou seus familiares, que perpetuam a tradição. Eles trazem etiqueta com nome, e-mail e telefone de cada artesão, na tentativa de aproximá-los do consumidor final, que podem pedir novas encomendas.

Espaço expositivo tem mais de 16 mil peças. Foto: Annaclarice Almeida/ DP/ D.A.Press
Espaço expositivo tem mais de 16 mil peças. Foto: Annaclarice Almeida/ DP/ D.A.Press

A loja se espalha por mil metros quadrados, com criações em barro, madeira, palha, cestaria, tecidos, escamas, papel-machê, entre outros materiais. O projeto arquitetônico é de Carlos Augusto Lira, que pensou ambientes decorados como sala de estar, de jantar e quarto de casal, agregando a eles uma visão mais contemporânea. Na fachada externa, painéis grafitados por Galo de Souza.

Local é uma grande loja pois todas as peças estão à venda. Fotos: Annaclarice Almeida/ DP/ D.A.Press
Local é uma grande loja pois todas as peças estão à venda. Fotos: Annaclarice Almeida/ DP/ D.A.Press

Além da parte da loja, o visitante do Centro de Artesanato de Pernambuco (Cape) também tem acesso às exposições itinerantes do Espaço Galeria de Arte, coordenado pela Secretaria de Cultura; auditório com 120 lugares; o Centro de Atendimento ao Turista (CAT), com exibição permanente de obras premiadas desde 2007 na Fenearte (Feira Nacional de Negócios do Artesanato) e dois atendentes bilíngues por turno; e o restaurante Bistrô e Boteco, com capacidade para 400 pessoas e horários de funcionamento que se estende até mais tarde.

Espaço inclui restaurante que fica aberto até tarde. Foto: Nando Chiapetta/ DP/ D.A.Press
Espaço inclui restaurante que fica aberto até tarde. Foto: Nando Chiapetta/ DP/ D.A.Press

Ação integrada entre o governo do estado e da AD-Diper, dentro do Programa de Artesanato de Pernambuco, o Cape é a segunda iniciativa do gênero no estado. A primeira existe há nove anos, em Bezerros, no Agreste, com museu e loja abrigando sete mil peças, às margens da BR-232.

Na Galeria de Arte, há obras de quatro artistas plásticos contemporâneos atuantes em Pernambuco: Marcelo Silveira, Joelson, Christina Machado e Derlon.

O coordenador da exposição, Márcio Almeida, ressalta que a ideia é propor um diálogo entre o artesanato e a arte contemporânea e quebrar barreiras entre os dois universos. Os artistas selecionados para Tradição tradução, em cartaz até 25 de novembro, guardam em comum os materiais sobre os quais se debruçam, como couro, madeira e argila.

Espaço fica ao lado da praça do Marco Zero. Foto: Nando Chiapetta/ DP/ D.A.Press
Espaço fica ao lado da praça do Marco Zero. Foto: Nando Chiapetta/ DP/ D.A.Press

ServiçoCentro de Artesanato de Pernambuco – Unidade Recife
Onde: Avenida Alfredo Lisboa, s/n, Armazém 11, Recife Antigo (ao lado do Marco Zero)
Horário de funcionamento: diariamente, das 10h às 20h

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

FLIPORTO - Congresso Literário – Programação


Congresso Literário – Programação
Fliporto 2012 – Congresso Literário – Programação
Dia 15 de novembro
19h
Abertura e recital de Maria Bethânia
Dia 16 de novembro
10h
Painel 1:
Robert Darnton, Cory Doctorow e Silvio Meira, com mediação de Julio Silveira
Informação e autopublicação: do big-bang ao boing-boing.
12h
Painel 2:
Frédéric Martel conversa com Silio Boccanera
Cultura de massa em escala mundial – soft power, media e impacto popular.
Painel 3:
14h30
João Cezar de Castro Rocha e Lawrence de Flores Pereira, com Kathrin Rosenfield
Shakespeare e Sófocles: nossos contemporâneos.
16h15
Painel 4:
Betty Milan
Conferência: Teatro e psicanálise
Em seguida, haverá a apresentação da peça A vida é um teatro, de Betty Milan.
18h30
Painel 5 :
Ariano Suassuna e Almeida Faria, com mediação de Maurício Melo Jr.
Utopia, Messianismo e Sebastianismo.
20h
Painel 6 :
Braz Chediak, Neville de Almeida, Lucélia Santos e Nelson Rodrigues Filho, com mediação de Alexandre Figueirôa.
Nelson Rodrigues no cinema.
Dia 17 de novembro
10h
Painel 7 :
Mia Couto e José Eduardo Agualusa, com mediação de Zuleide Duarte.
Literatura e realidade.
12h
Painel 8 :
Antonio Cicero e João Almino, com mediação de Mona Dorf
Construindo com a palavra: poesia, narrativa e cidades.
14h30
Painel 9 :
Luciana Villas-Boas, Pedro Herz e Rui Couceiro, com mediação de João Cezar de Castro Rocha
Livros e autores: novos cenários e desafios.
16h30
Painel 10:
Ruy Castro e Heloísa Seixas conversam com Geneton Moraes Neto
Segredos e inconfidências d’O Anjo Pornográfico.
18h15
Painel 11:
Manuel Lorente e Ricardo Miño, com Sonia Bartol
Poesia e corpo em voz alta: flamenco falado e cantado (palestra e recital).
20h
Painel 12 :
Edney Silvestre conversa com Claudiney Ferreira
Romance e drama.
Em seguida, haverá a leitura dramática da peça inédita Boa noite a todos, de Edney Silvestre, com Christiane Torloni.
Dia 18 de novembro
10h
Painel 13
Sonia Rodrigues, Maria Lucia Rodrigues e Adriana Armony, com mediação de Rogério Pereira
As mulheres (d)e Nelson Rodrigues.
12h
Painel 14:
José Castello e Antonio Cadengue, com mediação de Luis Augusto Reis
Nelson Rodrigues em cena.
15h
Painel 15:
Barry Miles conversa com Carlos Figueiredo
Com o pé na estrada da contracultura.
16h30
Painel 16:
Humberto Werneck e J. Rentes de Carvalho, com mediação de Silio Boccanera
Palavras: as implicâncias, as preferências e as esquisitices.
18h30
Painel 17:
João Gilberto Noll
Literatura e convulsão
20h
Encerramento
Aula-espetáculo de Ariano Suassuna.
Sessão especial:
Dia 16 de novembro

11h
Ignacio del Valle, Luize Valente e Francisco Azevedo, com mediação de Rui Couceiro
Literatura é documento? Histórias e personagens muito além da história
Auditório da Faculdade de Olinda – FOCCA
Rua do Bonfim, 37 – Carmo – Olinda

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Decisão sobre livro de Monteiro Lobato sai depois do mensalão


Sem nenhum acordo após duas reuniões, Ministro Luiz Fux, do STF, terá de julgar o processo. Entidades já apresentaram pedidos para opinar no processo

Fonte: iG


O julgamento da ação que contesta o uso da obra Caçadas de Pedrinho , de Monteiro Lobato, nas escolas brasileiras só será realizado quando os ministros terminarem de julgar o mensalão. Isso significa que, pelo menos, até o início do mês que vem, nenhuma decisão será tomada. Por causa da polêmica do tema, o ministro Luiz Fux, relator do processo, deve dividir com os colegas a avaliação do tema. Até lá, no entanto, entidades com diferentes pontos de vista se movimentam para participar do processo de alguma forma. Todas querem opinar sobre o tema.
De acordo com a assessoria de imprensa do Supremo Tribunal Federal (STF), onde o mandado de segurança de nº 30952 será julgado, quatro entidades (além de duas pessoas interessadas) já apresentaram pedidos para atuar como amicus curiae – “amigos da corte” – no julgamento. O ministro Luiz Fux, relator da ação no tribunal, precisa avaliar se as entidades e as pessoas interessadas têm “representatividade adequada para se manifestar” sobre o tema.
Se o ministro concordar, todos terão direito de expor suas ideias sobre o caso antes ou durante o julgamento. Por enquanto, o Instituto Afrobrasileiro de Ensino Superior, o Instituto Nzinga, a Sociedade Afrobrasileira de Desenvolvimento Sócio Cultural (Afrobras) e a Educafro já apresentaram petições. Outras duas pessoas, cujos nomes não foram divulgados pelo STF, também. A família de Lobato já avisou que quer acompanhar de perto a avaliação.
A ação apresentada por Antonio Costa Neto e o Instituto de Advocacia Racial e Ambiental (Iara) pede a suspensão da compra das obras ou a formação e capacitação dos educadores para utilizá-las de forma adequada, além da fixação de nota técnica nos livros. O advogado Humberto Adami, representante do Iara, ressalta que o interesse deles não é “censurar ou banir” a obra.
“Reitero não ser nosso desiderato a censura ou banimento de quem quer seja, mas a obediência às regras do Programa Nacional Biblioteca na Escola, que proíbe o financiamento de livros com ‘expressões de preconceito ou estereótipo’. Nosso compromisso é com o respeito e à liberdade às leis do País e o combate ao racismo contra negras e negros”, diz. Para os autores da ação, Caçadas de Pedrinho contém conteúdos racistas.
Na avaliação do Ministério da Educação, a divulgação do parecer elaborado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) sobre a obra e a formação já realizada com os professores nas escolas contemplam esses pedidos.
Embates
Álvaro Gomes, administrador da obra de Monteiro Lobato, afirma que a família pretende acompanhar o julgamento de perto. Os advogados também devem apresentar pedidos de amicus curiae. “Os herdeiros torcem para que o bom senso prevaleça, afinal são várias gerações que leram e ainda leem Lobato e não se tem conhecimento que se tornaram adultos racistas. As manifestações pelo Brasil a favor de Lobato nos levam a crer estarmos certos”, afirma. Ele cita petições públicas que estão no ar em favor das obras.
Para o Frei David Santos, diretor-executivo da Educafro, esse não é um debate “de entidades”. “Esse não é um processo pessoal. Quem ganha com esse debate é a sociedade e decidimos participar para evidenciar isso. Nós entendemos que um documento apenas orientador como propõe o MEC tem pouca chance de ser levado a sério”, afirma.
Ele lembra que, em 1986, uma cartilha chamada O Sonho de Talita, das autoras Manoelita Bueno e Maria do Carmo Guimarães, também foi questionada por conta de seu conteúdo. “O equívoco da obra foi reconhecido e queremos o mesmo”, diz.
Negociações
Durante as reuniões de conciliação, os autores da ação apresentaram uma proposta que deixava de pedir a proibição do uso da obra, mas exigiam que o livro servisse para promover uma educação antirracista. A grande divergência entre os argumentos do MEC e dos críticos para se alcançar esse objetivo está, principalmente, na preparação dos professores.
Propostas: Autores de ação contra Lobato querem educação étnico-racial para professores
Entre os pedidos apresentados pelos autores da ação, estão a criação de disciplinas que correspondam a, pelo menos, 15% dos currículos na formação inicial dos profissionais de educação (seja em cursos técnicos, de graduação, pós, especialização ou de extensão); a inclusão do tema nos projetos político-pedagógicos das próprias universidades e dos cursos antes de liberar autorizações, credenciamentos, recredenciamentos e renovações de curso.
Além disso, querem que a disciplina sirva como critério de pontuação no Sinaes, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior. É essa análise que garante às instituições a atividade de cursos e câmpus. As universidades precisam renovar as autorizações de funcionamento de tempos em tempos. Neto acredita que as instituições só obedeceriam a determinação de criar a disciplina caso ela recebesse pontos na avaliação.
O início da polêmica
Em outubro de 2010, o uso do livro de Monteiro Lobato se tornou o centro de uma polêmica sobre as obras literárias que poderiam fazer parte do cotidiano das crianças brasileiras. O Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou um parecer recomendando que os professores tivessem preparo para explicar aos alunos o contexto histórico em que foi produzido, por considerarem que há trechos racistas na história.
A primeira recomendação dos conselheiros (parecer nº 15/2010) era para não distribuir o livro nas escolas. Escritores, professores e fãs saíram em defesa de Monteiro Lobato . Com a polêmica acirrada em torno do tema, o ministro da Educação à época, Fernando Haddad, não aprovou o parecer e o devolveu ao CNE , que então mudou o documento, recomendando que uma nota explicativa – sobre o conteúdo racista de trechos da obra – fizesse parte dos livros.
Negrinha
No dia 25 de setembro, o mesmo grupo apresentou mais um questionamento referente a outra obra de Monteiro Lobato. Antonio Gomes da Costa Neto pediu à Controladoria Geral da União (CGU) que investigue a aquisição de do livro Negrinha pelo PNBE em 2009. De acordo com levantamento feito por ele, 11.093 exemplares de Negrinha foram destinados a colégios de ensino médio e, segundo ele, mais uma vez, a legislação antirracista não foi respeitada. Ele também pede a suspensão da distribuição dos livros "até que se promova a devida formação inicial e continuada dos profissionais de educação".

Professores da rede pública podem estudar inglês grátis nos EUA


Oportunidade oferecida pela Capes, órgão ligado ao MEC, oferece ao todo 540 vagas

Fonte: G1


Estão abertas até o dia 15 de outubro as inscrições para o Programa de Aperfeiçoamento para Professores de Língua Inglesa nos Estados Unidos. A oportunidade oferecida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC), oferece ao todo 540 vagas para Professores de inglês que atuam na rede pública estudar o idioma por seis meses no exterior. Cada estado tem reserva de, pelo menos, vinte vagas.
Os Professores podem passar seis semanas em uma universidades sediada nos Estados Unidos e participar de atividades acadêmicas e culturais que incentivam o exercício do idioma e favorecem a fluência oral e escrita.
Para se candidatar é preciso ser brasileiro ou ter visto de permanente no país, possuir bacharelado ou licenciatura em Língua Inglesa, ser Professor da rede pública e não estar em estágio probatório.
Os aprovados pelo programa receberão de graça alojamento, alimentação, deslocamento, seguro saúde e passagens aéreas, isenção de taxas Escolares e ainda materiais didáticos usados no curso. Além de uma ajuda de custo no valor de U$ 500,00 (quinhentos dólares).

domingo, 7 de outubro de 2012

Suelen e o novo feminismo


Escrito por Carol Almeida   
Seg, 01 de Outubro de 2012 13:08

Reprodução

Suelen estava decidida. E por onde passava arrastava uma pequena multidão de machos determinados a dissuadi-la dessa ideia absurda de ser senhora do próprio corpo. Suelen queria posar nua. E não entendam errado, pois os homens que a cercavam a queriam nua também. Mas só, e somente só, se essa decisão fosse deles. Afinal de contas, alfinetaria ironicamente Simone de Beauvoir, “é claro que nenhuma mulher pode pretender sem má-fé situar-se além de seu sexo”.

A personagem descrita acima é criação da novela Avenida Brasil, e ainda que Suelen, vivida pela atriz Isis Valverde, não tenha logrado realizar seu “sonho” de posar nua e finalmente se tornar alguém “famosa”, o recado estava dado. Seria ela, e mais ninguém, quem poderia escolher o que fazer com todas aquelas (suas) curvas tão bem-afamadas no fictício Bairro do Divino. Ou, nas palavras da banda matriz do movimento underground feminista riot grrrls, Bikini Kill: “Aquela garota se acha a rainha da vizinhança. E eu tenho uma novidade para você: ela É”. Seria Suelen, então, uma autêntica rebel girl? Seria uma nova feminista?

No que os coerentes de plantão virão todos prosas com o argumento de que, “Péra lá, se Suelen quer posar nua para uma revista masculina, não estaria ela obedecendo aos padrões milenares da coisificação da mulher em um objeto de consumo?”. A pergunta que vem com resposta embutida elimina o elemento mais essencial da equação sobre a qual o movimento feminista vem se debruçando há mais de 100 anos: as relações de poder.

Vamos tentar “desenhar” e voltar um pouco na história, com dois eventos que surgiram bem antes das calças da Gang, dos tops de oncinha e do expostopiercing no umbigo. Eventos que nasceram estritamente técnicos e, com suas aplicações entre as organizações sociais, foram adquirindo rapidamente contextos políticos. Falamos da Revolução Industrial do século 18 e da pílula anticoncepcional de 1960.

A primeira colocou a mulher para fora da esfera privada do domicílio, quando exigiu que ela também fizesse parte da força de trabalho ativa para a produção de bens em massa. Uma vez circulando pela esfera pública, elas passaram a se organizar politicamente e a história nos conta que daí veio o sufrágio universal e outras graduais conquistas.

A segunda foi mais além e deu à mulher o controle sobre aquilo que, historicamente, constituía sua função social: a maternidade. Foi como se, muitos anos após ter descoberto a fechadura, ela finalmente recebesse sua primeira chave. O controle sobre o próprio corpo implicava um deslocamento completo do lugar estritamente passivo que ela vinha ocupando desde a longínqua fundação do pecado original: a propriedade privada.

Em ambas as situações, a soberania masculina perdeu o equilíbrio, posto que toda a organização social que ela conhecia era permeada pelo autoritarismo de quem detinha o controle sobre todas as esferas de relações interpessoais da mulher. E não é de se estranhar que, a partir de certo momento, os homens tenham usado essa liberação sexual feminina como uma jogada muito bem calculada (por eles mesmos, claro), para que se pudesse usar a figura “feminina” como adereços e objeto de consumo em revistas, peças publicitárias, filmes e assim por diante.

E, sim, as propagandas de cerveja, os salões de automóveis e o “jornalismo” de celebridades estão aí para provar que se faz uso constante e intenso da mulher como objeto de consumo. Mas é necessário esclarecer que quem cria essa mensagem é o patriarcado e a ele interessa, sobretudo, que a mulher não tenha autonomia de colocar um botox ou de sair com a barriguinha de fora, se não for para ser avaliada como uma peça de carne no açougue. Nessa perspectiva de mercado “masculino”, ela não pode simplesmente desejar ser mais bonita e agradar ao outro, se não for antes julgada por isso. Se a mulher não for ré, a brincadeira do lado de lá perde a graça.

De onde voltamos à querida Suelen, a personagem que não pede desculpas por ser sexy. Representação simbólica do chamado “biscate”, ela passeia pelo Divino com o bumbum, o nariz e o moral empinados. E a exposição desse orgulho perturba muitos homens, que, doravante, podem se sentir no direito de usá-la como objeto e, desse modo, agredi-la. Não acontece com a personagem da novela, mas acontece (e com mais frequência do que imaginamos)na vida real, em que os estupradores, fichados ou ideológicos depositam a culpa de seus crimes nessa imagem bíblica da mulher que corrompe o homem.

Caso você não saiba, foi daí que surgiu a Marcha das Vadias, movimento que começou no Canadá e hoje encontra manifestações em vários cantos do globo, em que mulheres vão às ruas questionar o até então inquestionável “direito natural” dos homens em fazer suas próprias leituras do desejo sexual das mulheres. Portanto, sejamos claros, medir o tamanho da saia ou do decote équerer controlar a sexualidade. É se colocar naquele confortável lugar de domínio.

A boa notícia, e sinal dos tempos, é que, do mesmo modo que as revistas femininas e as princesas Disney perpetuam esse lugar passivo da mulher que só existe para agradar o outro (e nunca a si mesma), cresce também, ainda que timidamente, o número de homens feministas que, ao lado de suas companheiras ou amigas, estão cada vez mais presentes em movimentos como a citada Marcha das Vadias. Pessoas que entendem que o problema não está no corpo, mas no uso político dele, na legitimação de uma milenar relação de poder.

Quando Suelen desfila altiva na novela das nove, ela não pede passagem ao patriarcado. E para quem se achar no direito de bloquear esse caminho, tudo que podemos concluir é que “perdeu, playboy”. Pois então, como diria o poeta, vai Suelen, ser periguete na vida.

Livros não são para dar lição, mas para imaginar

 
Escrito por Isabelle Câmara   
Seg, 01 de Outubro de 2012 19:38

Reprodução
Quando as páginasde um livro infantil se abrem, abrem-se as possibilidades de criação de um novo mundo, cheio de aventuras, mistérios, fantasias, imaginação e descobertas. Também, abrem-se as chances de surgimento de um autor, aquele que, em contato com a obra, toma consciência do mundo concreto que o cerca e pode escrever sobre seu próprio conhecimento, de maneira receptiva, dialógica e criadora; significando, transformando e ampliando sua experiência de vida.

De acordo com instituições ligadas à educação, a leitura na infância desenvolve o repertório pessoal e profissional, aguça o senso crítico, amplia o conhecimento geral, aumenta o vocabulário, estimula a criatividade, emociona e causa impacto, muda a vida e facilita a escrita.

Mas a consciência acerca da importância da leitura na infância é recente. Até bem pouco tempo, a literatura infantil era tida como subliteratura, vista pelos adultos como um brinquedo – ainda que, ao longo da história, os brinquedos tenham ocupado lugares mais nobres nas famílias e nas sociedades – ou entretenimento. A valorização do gênero como formador de consciências é recente, embora Carl Jung defenda, há mais de 60 anos, que os contos de fadas se constituíram, através dos séculos, como instrumentos para a expressão do pensamento mítico, perpetuando-se no tempo por desempenharem uma função psíquica importante no processo de individuação.

Somente no século 21, a literatura infantil ganhou a primeira fila nas grandes editoras do país e vem sendo incentivada, por meio de concursos, selos e grandes compras governamentais, para usos em sala de aula. Seguindo essa tendência, a Companhia Editora de Pernambuco – Cepe criou o Concurso Cepe de Literatura Infantil e Juvenil, de âmbito nacional. No primeiro certame, realizado em 2010, foram inscritas 435 obras, das quais 12 foram publicadas. No segundo, realizado em 2011, foram 333 obras concorrentes, das quais seis foram selecionadas.

Leia a matéria na íntegra na edição 142 da Revista Continente.