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Posso ser séria, brincalhona, distraída, chata, abusada, legal,ótima, travosa (como diz um grande amigo) isso depende de você, de mim, do dia ou da situação. Quer mesmo saber quem sou eu? Precisa de mais proximidade. Gosto de ler e escrever, embora nem sempre tenha tempo suficiente para tais práticas. Gosto de tanta coisa e de tantas pessoas que não caberiam aqui se a elas fosse me referir uma por uma. Acho a vida um belo espetáculo sem ensaios onde passeamos dia a dia a procura da felicidade. Para falar mais de mim profissionalmente: Sou professora. Graduada em Letras-FAFICA. Atualmente estudo sobre Leitura Literária no Ensino Fundamental. Atuo no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

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domingo, 6 de novembro de 2011

Novo CD de Marisa Monte traz canções inspiradas em encontros amorosos

Dora Jobim/divulgação
Em O que você quer saber de verdade, Marisa Monte reuniu artistas brasileiros e nomes de destaque da cena internacional

Intérprete assumidamente ligada à tradição da canção, Marisa Monte manda para as lojas O que você quer saber de verdade (Phonomotor/EMI) consciente de que a relação do canto com o amor é ancestral. “Até os passarinhos cantam quando querem atrair um parceiro”, explica ela à amiga Adriana Calcanhotto, em conversa postada no hotsite www.marisamonte.com.br, utilizado pela primeira vez pela cantora para lançamento de um trabalho. O oitavo disco solo de Marisa privilegia as canções de amor com a preocupação de abordar o tema de forma contemporânea.

“Quero falar de como ele é vivido, não de um amor idealizado”, prega a artista, detectando nesse sentimento uma forma de inteligência – talvez a maior delas, em sua opinião. “Com as transformações pelas quais passamos atualmente, os modelos do passado já não servem mais para a gente”, diz Marisa, classificando o novo CD como coleção de canções. “A intenção foi potencializar o sentimento de cada uma delas, o que queriam dizer”, explica Marisa em suas longas conversas, que podem ser conferidas no hotsite com o antropólogo Hermano Vianna, o compositor e escritor Francisco Bosco, a compositora Adriana Calcanhotto e com um fã.

Marisa sempre achou que seria o ponto de ligação entre canções que, de alguma maneira, refletem a diversidade – marca registrada de sua carreira. Protagonista do fenômeno classificado pela mídia de “Marisa aos montes”, referência à supremacia das cantoras no cenário da MPB, ela se tornou sinônimo de intérprete cult, com seu timbre agudo e repertório eclético. Tal modelo passou a predominar desde que o jornalista Nelson Motta a lançou no mercado, com ajuda de boas doses de marketing.

Avessa ao comportamento das celebridades, a carioca construiu carreira sólida, centrada basicamente no trabalho. Para se ter ideia da disposição da moça, vale lembrar: depois dos dois últimos discos inéditos (Universo ao meu redor e Infinito particular), lançados simultaneamente em 2006, ela fez um álbum ao vivo e um documentário, além do produzir o filme O mistério do samba e de dar à luz uma menina, hoje com 3 anos.

Durante a última turnê, Marisa já tinha “prontas ou começadas” algumas das canções do novo disco. Ela explica: “Precisava ficar um tempo em casa, precisava desse tempo de vida normal, de cotidiano”. Aos poucos, foi encontrando parceiros para concluir as composições, assistir a shows de colegas, além de “nutrir as relações que se transformaram nesse novo trabalho”.

De acordo com a cantora, O que você quer saber de verdade – cujo título não é pergunta, mas um objetivo – traz a seleção de canções criadas nos últimos quatro anos. “Algumas até foram feitas durante a gravação”, acrescenta. Outras não são inéditas. A faixa-título, parceria dela com Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes, está no disco Qualquer (2000). Brown incluiu Verdade, uma ilusão, de autoria do trio, em um de seus álbuns, enquanto Nada tudo (de André Carvalho, filho de Dadi Carvalho) integra o CD de estreia desse jovem compositor. Maria Gadú o lançou ao gravar Tudo diferente (“Todos caminhos trilham pra gente se ver/ Todas as trilhas caminham pra gente se achar, viu ...”). “Conheço o André desde os 12 anos. Ele vem desenvolvendo linguagem de compositor muito própria. Esse menino vai longe ”, elogia Marisa Monte.

"Cresci ouvindo Dorival Caymmi e Noel Rosa, passando por Tim Maia, Roberto Carlos... Também Los Hermanos e outros compositores contemporâneos, passando por todos os momentos do rock, com Titãs, Renato Russo, Cazuza. Leio muito romance. Adoro Machado de Assis, José de Alencar, João Ubaldo Ribeiro. São coisas que leio e releio. Às vezes, aparece um livro latino-americano e leio também. Dos escritores brasileiros vivos, João Ubaldo é o que mais amo. Leio sempre a coluna dele no jornal. Além de Miguel Sousa Tavares, há Isabel Allende, Mario Vargas Llosa, Gabriel Garcia Marquez, Darcy Ribeiro" - Marisa Monte, cantora

Pedro frança/Esp. CB/D.A Press
Jorge Benjor é um dos compositores gravados por Marisa Monte em seu novo CD
De Ben a Dalva

O que você quer saber de verdade traz releituras de Marisa Monte para Descalço no parque (Jorge Benjor) e para o tango Lencinho querido (El panuelito), versão de Maugeri Neto originalmente gravada no país por Dalva de Oliveira. O novo disco investe para valer em canções de amor inéditas. Algumas – diga-se de uma vez – ao gosto do telespectador das telenovelas do horário nobre da Globo, além de minisséries.

“Amar alguém só pode fazer bem/ Não há como fazer mal a ninguém”, dizem os versos iniciais de Amar alguém, parceria de Marisa com Dadi e Arnaldo Antunes. “Quando eu te ligar cantando aquela/ Velha canção”, avisam os versos nem tão inspirados assim de Aquela velha canção, dela com Carlinhos Brown

Boa, mesmo, é a estreia da parceria Marisa Monte-Rodrigo Amarante em O que se quer, com direito a vocal do ex-los hermanos. “Vá/ Pode falar/ Pode escrever/ Eu vou me entregar/ No meu lugar...”. Além, claro, do xaxado Hoje eu não saio, não, que reúne Arnaldo Antunes, Marcelo Jeneci, Betão e Chico Salém.

Produzido pela própria cantora, em coprodução de Dadi Carvalho, o disco foi feito entre Rio de Janeiro, Nova York, São Paulo, Berlim e Los Angeles, com direito à participação de Berni Warrel, tecladista da Funkadelic, do pianista de linguagem pop Thomas Bartlett e do tecladista Money Mark, entre outros astros internacionais.

“Tem um bem viver permeando todas essas músicas (Seja feliz, Bem aqui, Hoje eu não saio, não, Ainda bem, Depois, Amar alguém, Aquela velha canção)”, conclui a otimista Marisa Monte, que faz questão de cantar o amor leve, desapegado e resolvido. “É melhor gostar que não gostar; é melhor ser feliz que ser triste; é melhor resolver que viver problemas”, ensina ela.

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