Quem sou eu

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Posso ser séria, brincalhona, distraída, chata, abusada, legal,ótima, travosa (como diz um grande amigo) isso depende de você, de mim, do dia ou da situação. Quer mesmo saber quem sou eu? Precisa de mais proximidade. Gosto de ler e escrever, embora nem sempre tenha tempo suficiente para tais práticas. Gosto de tanta coisa e de tantas pessoas que não caberiam aqui se a elas fosse me referir uma por uma. Acho a vida um belo espetáculo sem ensaios onde passeamos dia a dia a procura da felicidade. Para falar mais de mim profissionalmente: Sou professora. Graduada em Letras-FAFICA. Atualmente estudo sobre Leitura Literária no Ensino Fundamental. Atuo no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Já que o ano letivo está começando...


Abaixo um fragmento de um folheto de cordel de Compadre Lemos

"Folheto de Cordel alusivo ao fato de um Deputado - o nome não vem ao caso - que, em plenário, posicionou-se contra uma greve de professores, chamando-os, publicamente, de "desocupados". O autor imaginou um Professor, na platéia, pedindo um aparte, para responder ao agravo. Nessa resposta, em versos, toda a sofrida realidade dos Professores Brasileiros, dos alunos-vítimas e do nosso ensino, que é para para inglês ver. Destaque para o descaso das Autoridades Competentes".




Com licença, Deputado,

Espere só mais um pouco.

Talvez eu seja até louco,

No que pretendo fazer.

Mas peço, com educação,

Dê-se sua permissão,

Pois quero lhe responder!


O Deputado assustou-se

Com a firmeza da voz.

E perguntou, já feroz,

A que devo essa ousadia?

Por acaso, eu lhe conheço?

Ofensa eu não esqueço...

Cuidado com a valentia!

E o Professor, muito calmo,

Disse, então, ao Deputado:

Eu sou o "desocupado",

Conforme fala o senhor.

Mas, aqui não me atrapalho,

Pois vivo do meu trabalho

Honesto, de Professor.

O senhor falou primeiro,

Seus colegas aplaudiram,

Sem pensar no que ouviram...

Se era justo, ou não.

Vou então lhe responder

E este povo vai ver

Quem tem, de fato, razão.

Respondendo ao seu discurso,

Eu começo lhe dizendo:

O povo inteiro está vendo

Quem só não vê é o senhor

Que, na luta pela vida,

Quem sofre mais, nessa lida,

É o pobre do Professor.

Teria o senhor coragem

De aqui, neste Plenário

Declarar o seu salário

Sem esconder um vintém?

Quem é que tem mais dinheiro?

O senhor é fazendeiro...

E o Professor nada tem!

E quantas horas por dia,

Quantos dias por semana

O senhor, que se ufana,

Trabalha mesmo, em verdade?

Se eu trabalhasse tanto,

Deputado, eu lhe garanto,

Vivia de caridade!

( . . . )

Trecho de Resposta do Professor Desocupado ao Deputado Valente / Compadre Lemos

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