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Posso ser séria, brincalhona, distraída, chata, abusada, legal,ótima, travosa (como diz um grande amigo) isso depende de você, de mim, do dia ou da situação. Quer mesmo saber quem sou eu? Precisa de mais proximidade. Gosto de ler e escrever, embora nem sempre tenha tempo suficiente para tais práticas. Gosto de tanta coisa e de tantas pessoas que não caberiam aqui se a elas fosse me referir uma por uma. Acho a vida um belo espetáculo sem ensaios onde passeamos dia a dia a procura da felicidade. Para falar mais de mim profissionalmente: Sou professora. Graduada em Letras-FAFICA. Atualmente estudo sobre Leitura Literária no Ensino Fundamental. Atuo no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

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sábado, 10 de dezembro de 2011

VALÉRIA LOBÃO - CANTORA E SEU PRIMEIRO CD "CHAMADA" (minha descoberta recente)

Ótima cantora, Valéria Lobão chama atenção em bom primeiro disco solo

Resenha de CD
Título: Chamada
Artista: Valéria Lobão
Gravadora: Olho do Tempo / Tenda da Raposa

Integrante desde 1992 do grupo vocal Equale, a cantora carioca Valéria Lobão alça voo solo em Chamada com classe, estilo e um canto tão polido quanto seguro. A classe vem tanto da voz apurada da intérprete quanto da produção de Carlos Fuchs, marco inaugural do selo Tenda da Raposa, batizado com o nome do estúdio onde o CD foi formatado. A impressão é positiva já no samba que abre o disco. Metais arranjados por Jayme Vignoli com certa tensão adensam Fubá (Raphael Gemal e Isaac Chueke). Compositor carioca ainda não valorizado na medida de sua inspiração, Gemal é também autor - em parceria com Ricardo Szpilman - da faixa-título do álbum, Chamada, cuja letra expõe signos e símbolos da cultura afro-brasileira. Na sequência, Vivência - tema de Gilson Peranzzetta e Dori Caymmi, gravado por Sarah Vaughan (1924 - 1990) em seu álbum Brazilian Romance (1987) com o título de Obsession e sem a letra de Paulo César Pinheiro ora apresentada por Lobão - tem sua bela melodia ambientada em clima jazzy em algumas passagens pelo piano de Peranzzetta. De caráter lírico que roça o onírico, Roma (Lili Araújo e Alegre Corrêa) se ajusta bem à voz límpida da cantora com a leveza que escasseia em alguns momentos. Noite (Paulo Baiano e Marcos Sacramento) é uma das faixas que conferem e densidade e peso a Chamada, tornando o disco cansativo em alguns momentos. Contudo, verdade seja dita, a delicadeza sofisticada da produção valoriza cada uma das 13 músicas interpretadas por Lobão. Tarde (Milton Nascimento e Marcio Borges) ganha um de seus melhores registros em Chamada. Em contrapartida, falta molho em Roda Baiana (Zé Paulo Becker e Tiago Torres da Silva) ao passo que o piano de Carlos Fuchs se revela suficiente em Uma Canção pra Ela, inédita do sempre inspirado Rodrigo Maranhão (outro compositor carioca ainda não incensado na medida da beleza de sua produção autoral sempre sedutora). Com seis longos minutos, Oração Perdida (Luiz Flávio Alcofra, Jayme Vignoli e Aldir Blanc) percorre em tom sacro a via-crúcis do amor. "O amor é meu pastor / Tudo me faltará", sintetizam os versos lapidares de Blanc, divididos por Lobão com Marcos Sacramento. Na sequência, Jongo de Vovó (Zé Paulo Becker e Paulo César Pinheiro) situa Chamada em algum lugar do passado rítmico da Nação brasileira onde também parece residir Ritual Profano, tema de Antonio Saraiva, encorpado pela percussão e voz de Pedro Luís e a Parede. Saraiva é o parceiro de Paulo Baiano no fecho do disco, La Dolce Vita - A Saideira!, tema adornado pelo acordeom de Bebê Kramer que acentua a sensação de que Chamada enredaria mais o ouvinte se durasse um pouco menos. Ainda assim, o disco chama atenção para o canto classudo de Valéria Lobão - dona de voz domada pela perfeição técnica.

FONTE: http://blognotasmusicais.blogspot.com/2011/07/otima-cantora-valeria-lobao-chama.html

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