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Posso ser séria, brincalhona, distraída, chata, abusada, legal,ótima, travosa (como diz um grande amigo) isso depende de você, de mim, do dia ou da situação. Quer mesmo saber quem sou eu? Precisa de mais proximidade. Gosto de ler e escrever, embora nem sempre tenha tempo suficiente para tais práticas. Gosto de tanta coisa e de tantas pessoas que não caberiam aqui se a elas fosse me referir uma por uma. Acho a vida um belo espetáculo sem ensaios onde passeamos dia a dia a procura da felicidade. Para falar mais de mim profissionalmente: Sou professora. Graduada em Letras-FAFICA. Atualmente estudo sobre Leitura Literária no Ensino Fundamental. Atuo no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

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domingo, 22 de janeiro de 2012

Nunca publicada, primeira obra de Drummond será lançada em julho

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR


Carlos Drummond de Andrade. Imagem: Reproducao/vivianeguimaraes.word
Imagem: Reproducao/vivianeguimaraes.word

O mês de julho traz grandes novidades para os amantes de Drummond. Junto à Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que neste ano homenageia o poeta, será lançado o livro "Os 25 poemas da triste alegria". Ele reúne textos escritos aos 22 anos — seis anos antes do lançamento de seu primeiro livro, "Alguma poesia", em 1930. Drummond havia encadernado os poemas, mas o original desapareceu, e a obra nunca foi publicada. Até que, há alguns anos, esse exemplar único foi encontrado pelo acadêmico Antonio Carlos Secchin.— Não se sabe como esse livro se perdeu. Comprei-o de um amigo de Drummond — diz ele, que se comprometeu a não revelar o nome do vendedor.

Pouco entusiasmo

Os poemas foram escritos em 1924. Em 1937, Drummond fez anotações sobre eles.

"São comentários pouco entusiasmados. Um ou outro ele achava que merecia um pouco de complacência", diz Secchin. "Drummond escreve que talvez eles sejam literários demais. Há muito de pose, de artificialismo, de convenção literária a que faltasse uma experiência. Ele descreve uma rua do subúrbio e enche o poema de reticências. Há certos truques poéticos que estavam na moda, uma espécie de cartilha que padronizava as sensações."

Mas, mesmo duro na avaliação, ele não quis destruir o caderno. Tanto que, dos 25 poemas, 13 foram publicados em jornais e revistas da época, permanecendo 12 inéditos. A obra, que será lançada pela Cosac Naify, trará de um lado os poemas datilografados, como foi feito na ocasião, e, de outro, as observações manuscritas, como "Se um inimigo apanhasse esses versos..." e "Eram exercícios à moda do tempo, tímidos e mecânicos. Não deram evasão a nenhuma necessidade íntima, não transpuseram nenhuma aventura ou experiência intelectual ou física".

"São poemas tributários ao modernismo moderado, ainda sem a ousadia dos temas e formas da poesia modernista. É a escola penumbrista, em que há um sentimento difuso de tristeza. É uma coisa sempre no intervalo. Um poema se chama "A sombra de um homem que sorriu"; outro é "Quase noturno, em voz baixa". Aponta para a noite, mas o "quase" já dilui isso", analisa Secchin.

Em "Uma lâmpada brilha", ele escreve: "Ah, o abandono dessa lâmpada! /O abandono desse olho imoto, amarelo,/ brilhando sem desejo,/ sozinho/ no alto do poste fino e lírico!"

"Os 25 poemas da triste alegria" é a segunda tentativa de livro de Drummond.

"Antes ele tinha composto "Teia de aranha". Mas mandou os originais de Minas para uma editora no Rio, que perdeu o material. Drummond brincou: "Deve haver um anjo protetor dos autores estreantes que faz o livro desaparecer." E ele pensou ainda num terceiro livro antes de "Alguma poesia": "Preguiça". Mas acredito que o título o influenciou, porque ficou no projeto", brinca.

Da Agência O Globo

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