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Posso ser séria, brincalhona, distraída, chata, abusada, legal,ótima, travosa (como diz um grande amigo) isso depende de você, de mim, do dia ou da situação. Quer mesmo saber quem sou eu? Precisa de mais proximidade. Gosto de ler e escrever, embora nem sempre tenha tempo suficiente para tais práticas. Gosto de tanta coisa e de tantas pessoas que não caberiam aqui se a elas fosse me referir uma por uma. Acho a vida um belo espetáculo sem ensaios onde passeamos dia a dia a procura da felicidade. Para falar mais de mim profissionalmente: Sou professora. Graduada em Letras-FAFICA. Atualmente estudo sobre Leitura Literária no Ensino Fundamental. Atuo no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Arquivo Públlico promove exposição de cordéis raros

Fotos: Alyne Pinheiro
Fotos: Alyne Pinheiro

Assessoria de Comunicação

Inicialmente eram cantados e, há alguns anos, foram utilizados como meio de comunicação para as camadas mais humildes da população. Atualmente são valorizados como parte da cultura nordestina e fonte de pesquisas históricas. Os cordéis, poesias rimadas que falam de maneira criativa, porém direta, sobre as trivialidades da vida são os objetos da exposição realizada pelo Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano (Apeje) e que, nesta quarta-feira (20), contou com uma mesa redonda composta pelos pesquisadores Maria Alice Amorim, Paulo Moura e Felipe Júnior.

Na mostra, podem ser encontradas 94 obras raras, datadas a partir de 1908, e assinadas por João Martins de Athayde, um dos precursores da impressão dessa literatura. O artista é considerado um marco na arte, uma vez que inovou os leiautes da capa e se tornou um editor de cordéis. “Foi a partir de Athayde e Leandro Gomes de Barros que os livretos passaram a ser impressos e incorporados como o jornal do pobre, pois trazia informação do cotidiano através de textos lúdicos e de fácil leitura”, esclareceu o pesquisador e poeta cordelista, Paulo Moura.

Athayde utilizava, além das xilogravuras, fotografias de atrizes famosas da época e desenhos personalizados para cada livreto. Foi a partir dele que iniciou-se a prática de contratos de compra de direitos. Ele negociava com os poetas e publicava os cordéis assinando como editor-proprietário e, posteriormente, passou a retirar a autoria dos artistas, fato que o torna polêmico. “Grande parte dos cordéis de Leandro foram assinados por Athayde. Muito de sua fama se deve a outros autores”, contou o advogado e escritor Pedro Nunes Filho, também parente de Leandro Gomes de Barros.

Na exposição, que acontece até 5 de agosto, podem ser encontrados, além dos cordéis, 28 baneres confeccionados pelo Apeje e que retratam um pouco da vida do artista e das suas obras. “Nosso objetivo é trazer para a população a oportunidade de conhecer a literatura de cordel, dinâmica e lúdica. Ela chega a atrair a atenção não apenas de pesquisadores da área, mas também do público comum, dos novos leitores. Trabalhar essa temática com obras tão importantes para a nossa cultura e em um arquivo tão privilegiado de documentação é maravilhoso”, comemorou a professora técnica do Apeje e mestre em História Colonial, Andrea Barreto, também organizadora do evento.

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