09/07/2011
Um grupo de alunos da rede pública estadual, beneficiados pelo Projeto Travessia, tiveram na tarde deste sábado lições de vida e de arte vindas do principal nome da gravura popular brasileira. O cordelista J. Borges, em visita a Unidade Móvel do Artesanato, instalada na XII Feira de Negócios do Artesanado - Fenearte, trocou experiências com os jovens que durante os 10 dias de feira expuseram no espaço cordéis, cujo mote foi o artesanato e a cultura popular das regiões de origem de cada um.
No estande do Projeto, J. Borges deu dicas, algumas broncas, chamou atenção para a rima e métrica dos versos escritos nos cordéis, mas sobretudo elogiou a iniciativa do Governo do Estado, que na XII Fenearte homenageia a literatura de cordel. "Esto muito satisfeito. Acho que por iniciativas como esta o cordel deve viver por muitos e muitos anos", afirmou este artista popular nascido em Bezeros, no Agreste pernambucano.
Na ocasião, J. Borges lembrou ainda que, quando era jovem todo mundo queria sair da cidade, mas ele manteve-se firme em não abandonar o lugar em que nasceu e foi criado. "Acreditei na arte e no meu ofício e hoje sou reconhecido no mundo inteiro", assegura.
Não à toa, este cordelista que optou por usar madeira como pinho e imburana na impressão da xilogravura, conquistou artistas e acadêmicos do mundo inteiro. Ganhou prêmios nacionais e internacionais e foi um dos 13 artistas escolhidos para ilustrar o calendário anual da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2002. Desde 2006, J. Borges é considerado Patrimônio Vivo de Pernambuco. O Travessia é uma ação do Governo do Estado, em parceria com a Fundação Roberto Marinho , que trabalha pela erradicação da distorção idade-série entre jovens - Participam do Projeto cerca de 1.400 alunos de mais de 70 turmas de toda rede pública estadual escreveram e ilustraram cordéis .
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